Pela segunda vez na história da humanidade, uma equipe de cientistas dos Estados Unidos conseguiu realizar a reação de fusão nuclear. A primeira vez que o experimento aconteceu foi em dezembro de 2022, quando os pesquisadores utilizaram lasers para alcançar o feito.
A equipe de pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL), na Califórnia, realizou o novo experimento no dia 30 de julho de 2023. De acordo com um porta-voz da equipe, em comparação com a experiência anterior, os cientistas conseguiram criar mais energia durante a segunda tentativa de fusão nuclear.
O objetivo do experimento é alcançar um fenômeno conhecido como ignição por fusão nuclear, uma técnica que envolve a colisão de elementos mais leves, como o hidrogênio, para formar elementos mais massivos. O resultado é a liberação de energia e, nesta segunda vez, foi liberado mais energia do que era esperado.
Apesar de a conquista, os cientistas afirmam que a tecnologia de fusão nuclear ainda está longe de estar pronta para ser utilizada; ainda não há nenhuma previsão.Fonte: GettyImages
“A busca da ignição por fusão no laboratório é um dos desafios científicos mais significativos já enfrentados pela humanidade, e alcançá-lo é um triunfo da ciência, da engenharia e, acima de tudo, das pessoas. Atravessar este limiar é a visão que tem impulsionado 60 anos de busca dedicada – um processo contínuo de aprendizado, construção, expansão de conhecimento e capacidade e, em seguida, encontrar maneiras de superar os novos desafios que surgiram”, disse o diretor do LLNL, Dr. Kim Budil, durante o primeiro evento de fusão.
Segunda fusão nuclear
Para realizar a ignição, os cientistas utilizaram lasers de 192 feixes para comprimir átomos de hidrogênio a uma temperatura superior ao calor do Sol. Os resultados ainda estão sendo analisados para compreender a quantidade específica de energia gerada após a ignição durante o novo experimento.
A fusão nuclear pode ajudar a revolucionar a forma de produzir energia no planeta Terra, pois é capaz de gerar mais ganho do que perda de energia; além disso, o formato não gera resíduos tóxicos para o meio ambiente.
No primeiro experimento, a equipe utilizou um total de 2,05 megajoules de energia e conseguiu retornar 3,15 megajoules. Contudo, é importante destacar que todos os testes são em escala reduzida, ou seja, ainda não seria possível utilizar a tecnologia para suprir a necessidade energética de uma cidade.
“Um grande avanço científico em construção que abrirá caminho para avanços na defesa nacional e no futuro da energia limpa", foi descrito em um comunicado do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Mantenha-se atualizado sobre as últimas novidades da fisíca aqui no TecMundo!