Um estudo liderado pela Universidade Northwestern, Estados Unidos, revela o primeiro modelo 3D, capaz de simular a movimentação da ondulação interna de estrelas de diferentes magnitudes. Como brinde, eles transformação as leituras estrelares em música. A pesquisa foi publicada na revista Nature Astronomy.
De modo bem simplificado, os núcleos estrelares são os responsáveis pela manutenção da vida desses astros, emitindo ondas de gás e matéria em combustão direcionadas à superfície. A famosa "luz própria das estrelas", é gerada nesse processo.
O brilho que vemos é aparente. Ele sofre interferência da atmosfera terrestre e de elementos da sua própria vizinha astral.Fonte: ESA/Hubble & NASA, Acknowledgement: Judy Schmidt
Essas ondas não circulam na mesma temperatura em todas as regiões, muito pelo contrário, elas agem em correntes de convecção. As correntes fazem o material estrelar circular, jogando de volta ao centro o que foi resfriado na superfície, enquanto eleva o que foi aquecido em contato próximo com o núcleo.
Toda essa circulação afeta o brilho da estrela, que pode se tonar menos intenso. No entanto, o fenômeno é tão sutil que não conseguimos visualizar, nem mesmo com o mais potente telescópio.
Diante desse desafio, os astrofísicos da Universidade Northwestern desenvolveram uma simulação capaz de medir essas ondulações e predizer qual deveria ser, de fato, o brilho dessas estrelas.
A música do coração das estrelas
Os pesquisadores conseguiram isolar os dados de estrelas de diferentes magnitudes, e analisaram as ondas no simulador Dedalus, que gerou resultados em 3D, do que podemos considerar como uma versão da famosa canção infantil, "Brilha, brilha, estrelinha" por três diferentes estrelas. As simulações conseguiram trazer elementos da geração e propagação de ondas, sejam as gravitacionais ou de gás, assim como uma visão melhorada das correntes de convecção.
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A variabilidade encontrada em estrelas com diferentes massas, trouxe outra ideia para os pesquisadores: transformar todo esse compilado em ondas sonoras. Enquanto estrelas pequenas tem som similar a sirenes, as grandes massivas produzem sons similares a armas laser, em filmes Si-Fi.
Os pesquisadores afirmam que este estudo é fundamental para compreender como as estrelas funcionam e brilham, assim como auxilia para o aprimoramento de ferramentas astronômicas, aguardando que um dia possamos ver, o que hoje apenas conseguimos simular.
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