Após um conteúdo pseudocientífico viralizar no TikTok, algumas pessoas começaram a ficar confusas com a possibilidade de que, talvez, elas nunca morrerão. A confusão foi criada após uma influenciadora afirmar que a teoria da Imortalidade Quântica sugere que nenhuma pessoa morre de fato, apenas que sua consciência é transferida para outro universo.
"A imortalidade quântica sugere que ninguém realmente morre; que a consciência nunca experimenta a morte. Em vez disso, sempre que você morre em um universo, sua consciência é transferida para um universo paralelo onde você sobrevive”, disse a apresentadora do podcast Your One Black Friend, Joli Moli, em um vídeo publicado no TikTok.
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De acordo com Joji, a teoria explicaria o efeito Mandela, um fenômeno de falsas memórias compartilhadas. A expressão foi criada quando um grande grupo de pessoas pensava que o líder africano Nelson Mandela havia falecido, contudo, o vencedor do Nobel da Paz ainda estava vivo na época; assim, esse fenômeno foi nomeado de efeito Mandela.
A teoria da Imortalidade Quântica respeita os conceitos da mecânica quântica, ou seja, sugere que é possível que diversas partículas existam em diversos estados ao mesmo tempo — este conceito é conhecido como superposição quântica. Além disso, a teoria também se relaciona às ideias de múltiplas realidades e universos paralelos; todos esses conceitos fundamentais servem como a 'alimentação' da teoria da Imortalidade Quântica.
O que é a teoria da Imortalidade Quântica?
Segundo Joji, pessoas que morreram em um apocalipse continuam vivendo, pois suas consciências foram transferidas para um universo onde o apocalipse ainda não aconteceu. A teoria da Imortalidade Quântica sugere que ao morrer, a consciência de uma pessoa continua a existir e é transferida para universos paralelos.
O conceito de imortalidade é um pensamento que surgiu nos primórdios da humanidade, mas a teoria da Imortalidade Quântica surgiu com a mecânica quântica.Fonte: Getty Images
Conforme a teoria explica, quando uma pessoa passa por um cenário de risco de vida, sua consciência exploraria várias situações em diferentes universos. Apesar dessa pessoa fictícia morrer em algum desses 'planos', sua consciência continuaria viva em pelo menos um deles.
"A Imortalidade Quântica geralmente se refere, em um sentido clássico, a uma pessoa que tem 'sorte' o suficiente para sobreviver em qualquer incidente no mundo. Tal quantidade de sorte é grande o suficiente para manter essa pessoa longe do envelhecimento do corpo humano [pois sua consciência é transferida para corpos mais novos]. Isto é, de fato, quando dizemos que alguém se torna 'imortal'", explica um estudo publicado na revista científica Journal of Physics.
Podemos viver para sempre?
Apesar de ser uma teoria inusitada para se refletir, a Imortalidade Quântica está mais relacionada à ficção científica do que à ciência real. O problema é que a mecânica quântica funciona melhor na teoria, pois ainda não existem muitos métodos científicos para comprovar a maioria desses pensamentos.
Além disso, os cientistas afirmam que a teoria sofre com o "Paradoxo do Sobrevivente", sugerindo que as pessoas não conseguiriam 'sobreviver' repetidamente a diferentes situações de perigo, como aponta a hipótese. Conforme as atuais observações, não é sempre que as pessoas se deparam repetidamente com situações de risco de vida; daí vem o paradoxo.
A resposta mais simples é: não é possível viver para sempre e, por enquanto, os cientistas não encontraram evidências científica de qualquer tipo de imortalidade.Fonte: Getty Images
Alguns especialistas acreditam que a hipótese é apenas especulativa, pois não oferece nenhuma evidência aplicada na metodologia científica. Porém, outros cientistas afirmam que a teoria serve como um experimento mental para desafiar a compreensão da realidade, como as noções convencionais de tempo e casualidade.
É importante destacar que, até o momento, a ideia da Imortalidade Quântica não oferece nenhuma evidência empírica, mas pode auxiliar os cientistas em reflexões de questões científicas mais complexas e filosóficas sobre a natureza da realidade e da existência humana.
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