Apesar de o foco atual da astronomia ser, principalmente, nas observações do Telescópio Espacial James Webb, ainda existem outros observatórios que estão capturando imagens de locais distantes do universo. Na última sexta-feira (30), o Telescópio Espacial Hubble divulgou uma nova imagem detalhada de uma galáxia vizinha da Via Láctea, conhecida como ESO 174-1.
Em uma publicação oficial no blog da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA), foi divulgada a imagem da galáxia irregular ESO 174-1, localizada a aproximadamente 11 milhões de anos-luz de distância da Terra. Os cientistas fotografaram a região como parte de um programa de observações com o objetivo de entender melhor quais galáxias estão ao redor da Via Láctea.
“O programa para capturar todas as nossas galáxias vizinhas foi projetado para usar 2-3% do tempo do Hubble disponível entre as observações. É ineficiente para o Hubble fazer observações consecutivas de objetos que estão em partes opostas do céu. Programas de observação como o que capturou o ESO 174-1 preenchem as lacunas entre outras observações”, diz um comunicado oficial da NASA.
Atualmente, o programa de observação de galáxias vizinha utiliza apenas entre 2% e 3% do tempo de serviço do Telescópio Espacial Hubble.Fonte: ESA/Hubble/NASA
A imagem apresenta alguns detalhes interessantes da galáxia vizinha, incluindo uma nuvem fina de um gás branco e leitoso, além de estrelas brilhantes no fundo. A ESO 174-1 é uma das galáxias mais próximas da Via Láctea; inclusive, visualmente, ela é completamente diferente da nossa galáxia.
Hubble captura galáxia vizinha
A maior diferença entre a nossa galáxia e a ESO 174-1 é o formato. Por exemplo, a Via Láctea tem uma forma de espiral clássica, comumente observada em outros objetos espaciais, contudo, a nossa vizinha tem um formato mais irregular. De qualquer forma, as galáxias elípticas costumam ser o tipo mais raro; elas podem ser completamente redondas ou ovais.
A NASA explica que a ESO 174-1 é uma galáxia ligeiramente irregular, um tipo de galáxia que pode variar de tamanho, massa e forma. A agência afirma que isso pode ser resultado de interações entre duas galáxias — caso duas galáxias se cruzem, uma ficará com maior influência gravitacional que a outra e assumirá uma forma mais irregular.
"As observações visam resolver as estrelas mais brilhantes e as propriedades básicas de todas as galáxias conhecidas em 10 megaparsecs. Um parsec é uma unidade usada pelos astrônomos para medir as vastas distâncias para outras galáxias – 10 megaparsecs se traduzem em 32 milhões de anos-luz – e torna as distâncias astronômicas mais fáceis de lidar", a NASA explica.
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