O rover Curiosity fez mais um belo registro da paisagem de Marte, enquanto realizava seu trabalho de exploração da superfície do planeta à procura de sinais de vida microbiana. A imagem, divulgada pela NASA na terça-feira (13), resultou em um impressionante “cartão postal” do nosso vizinho espacial.
De acordo com a agência espacial americana, a imagem mostra a mesma região do Planeta Vermelho em dois horários distintos, um pela manhã e o outro à tarde. A fotografia panorâmica feita pelas câmeras da missão exibe o Marker Band Valley, área pela qual o robô trafegava.
As fotos foram tiradas no dia 8 de abril deste ano, utilizando as câmeras de navegação em preto e branco. A primeira delas foi clicada pelo Curiosity às 9h20, no horário local, enquanto a segunda saiu às 15h40, também considerando a hora marciana.
Cartão postal de Marte feito pelo Curiosity.Fonte: NASA/Divulgação
Recebidos pelos pesquisadores em solo, os registros resultaram na criação de um cartão postal de Marte após o processamento, assim como a agência já havia feito em 2021. As fotografias foram coloridas a partir das imagens originais, o que permitiu conferir as diferentes condições de iluminação durante a manhã e a tarde.
Elementos mostrados no cartão postal marciano
A foto registrada enquanto o Curiosity subia o Monte Sharp, que tem 5 km de altura e está dentro da cratera Gale, atualmente explorada pela missão, mostra vários elementos do território marciano. As colinas “Bolívia” e “Deepdale” estão entre eles, assim como um canal denominado “Paraitepuy Pass”.
Um pouco à frente do robô está o Marker Band Valley, enquanto bem ao fundo é possível visualizar a borda da cratera Gale, entre outras áreas conhecidas. Com um olhar mais atento, conseguimos visualizar até mesmo os rastros das rodas do equipamento em meio à poeira do Planeta Vermelho.
Elementos da paisagem marciana que aparecem na foto.Fonte: NASA/Divulgação
O próprio rover também aparece na imagem, permitindo dar uma olhada nas antenas de comunicação e na fonte de energia nuclear. Outro dispositivo visualizado é o Radiation Assessment Detector (RAD), que coleta dados importantes para as futuras missões tripuladas.
Segundo o engenheiro da missão, Doug Ellison, responsável pelo processamento das imagens, os registros foram feitos durante o inverno marciano, época em que as sombras são mais profundas e escuras, devido aos níveis de poeira na atmosfera reduzidos. “As sombras de Marte ficam mais nítidas e profundas quando há pouca poeira e mais suaves quando há muita poeira”, explicou.
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