A empresa de implantes cerebrais Neuralink anunciou em um tweet na noite de ontem (25) que recebeu aprovação da Food and Drugs Administration (FDA) dos EUA para realizar testes em seres humanos com o seu “Link”. Implantado no cérebro, o dispositivo promete ler e escrever informações neurais.
Fundada por Elon Musk em 2016, a empresa investe no desenvolvimento de interfaces cérebro-máquina para ajudar a restaurar a visão e a mobilidade das pessoas. Já testado em macacos, o chip combina neurociência e tecnologia para “ler” sinais cerebrais e retransmiti-los para computadores via Bluetooth.
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Congratulations Neuralink team! https://t.co/AWZGf33UDr
— Elon Musk (@elonmusk) May 26, 2023
A agência reguladora, que rejeitou os pedidos anteriores de aprovação da Neuralink por questões de segurança, como relata a Reuters, ainda não confirmou a notícia divulgada pela empresa. O próprio Musk reconhece que ainda não tem planos imediatos para começar a recrutar pacientes.
As idas e vindas da Neuralink
We are excited to share that we have received the FDA’s approval to launch our first-in-human clinical study!
— Neuralink (@neuralink) May 25, 2023
This is the result of incredible work by the Neuralink team in close collaboration with the FDA and represents an important first step that will one day allow our…
Com seu costumeiro otimismo exagerado, Elon Musk previu, em 2019, que começaria a implantar seus chips em cérebros humanos no ano seguinte, promessa que acabou adiada para 2022, mas também não se concretizou. No final do ano passado, o negócio acabou sofrendo um revés, ao ser investigada por supostas violações ao bem-estar animal.
Embora o site da Neuralink prometa "segurança, acessibilidade e confiabilidade" como prioridades durante o processo de engenharia, especialistas alertam que esse tipo de tecnologia ainda precisa suplantar grandes desafios técnicos e éticos para ser globalmente implantada.
Mas Musk parece seguir em outra direção: otimista inveterado, o bilionário pretende agora usar o Neuralink para mitigar as preocupações sobre seres humanos serem substituídos pela inteligência artificial. Sua solução? “Com uma interface cérebro-máquina de alta largura de banda, podemos seguir em frente e efetivamente ter a opção de fusão [do cérebro humano] com a IA”, afirmou em uma apresentação.
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