Ao longo de milhões de anos, nosso planeta testemunhou inúmeras colisões com grandes rochas vindas do espaço, um fenômeno que persistirá por bilhões de anos. Mas, por pelo menos 1.000 anos, não precisamos nos preocupar tanto assim com a possibilidade desses eventos acontecerem na Terra.
Isso ocorre porque uma equipe de astrônomos liderada por Oscar Fuentes-Muñoz, da Universidade do Colorado Boulder, conseguiu prever as trajetórias de grandes asteroides para os próximos mil anos.
A NASA e outras organizações em todo o mundo já monitoram os céus rastreando e catalogando objetos potencialmente perigosos próximos à Terra, conhecidos como NEOs (Objetos Próximos à Terra, na sigla em inglês). Embora nosso inventário de NEOs perigosos ainda esteja incompleto, possuímos mapas confiáveis que abrangem quase todos os asteroides potencialmente perigosos com mais de um quilômetro (0,6 milha) de diâmetro.
Asteroides em escala de quilômetros têm o potencial de destruir cidades inteiras e causar danos ecológicos em todo o mundo.Fonte: GettyImages
"Avaliar o risco de impacto em escalas de tempo mais longas é um desafio, pois as incertezas orbitais aumentam. Para superar essa limitação, analisamos a evolução da Distância Mínima de Interseção da Órbita (MOID), que limita os possíveis encontros mais próximos entre o asteroide e a Terra", explica o estudo, publicado no servidor da Universidade de Cornell.
"A evolução do MOID destaca os NEOs que estão próximos da Terra por períodos mais longos, e propomos um método para estimar a probabilidade de um encontro profundo com a Terra durante esses períodos.", complementa.
Entre os NEOs perigosos identificados, um em particular se destaca: o asteroide 7482. Espera-se que esse corpo celeste mantenha proximidade com a Terra por um período significativo no próximo milênio. Embora isso não garanta uma colisão com nosso planeta, apresenta a maior probabilidade de impacto nos próximos mil anos.
Coletivamente, os astrônomos identificaram 28 candidatos que possuem uma probabilidade não desprezível de um "encontro profundo", significando sua passagem a uma distância menor que a da Lua. Embora nenhum desses objetos esteja previsto para colidir com a Terra nas próximas centenas ou milhares de anos, é fundamental que permaneçamos vigilantes.
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