Nos últimos anos, a exploração espacial tornou-se um dos principais focos dos esforços de pesquisa e desenvolvimento em todo o mundo. Um dos maiores desafios encontrados, é a capacidade de acessar e explorar ambientes difíceis ou impossíveis de serem alcançados pelos humanos.
Para resolver esse tipo de problema, o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA criou um robô capaz de explorar terrenos extraterrestres adversos, além de pensar por si próprio.
Em meados dos anos 2000, a sonda Cassini enviou imagens de Encélado, uma das luas de Saturno, para a Terra e os cientistas descobriram algo único: um oceano salgado de água líquida escondido sob sua crosta.
A lua, pequena o suficiente para caber no Reino Unido, espalha continuamente nuvens de partículas geladas desse oceano, misturadas com água e produtos químicos orgânicos simples, para o espaço.
Essa descoberta motivou o desenvolvimento do robô-cobra chamado Exobiology Extant Life Surveyor (EELS). Desde 2019, a construção do protótipo tem sido atualizada regularmente e a partir de 2022, a equipe do JPL passou a realizar testes de campo mensais para refinar o hardware e o software do robô para que ele possa operar de forma autônoma.
Exobiology Extant Life Surveyor (EELS), robô-cobra criado pela NASA para explorar lua de Satuno. (Divulgação: NASA/JPL-CalTech)Fonte: Nasa
O robô atual tem 4 metros de comprimento e pesa cerca de 100 kg. Seus 10 segmentos rotativos são idênticos e usam cabeças de parafuso para propulsão e aderência.
Para testar o robô, a equipe utilizou um "parque de diversões para robôs" em uma estação de esqui no sul da Califórnia, testando-o em uma pista de gelo coberta, em terreno arenoso e em neve.
Para aumentar sua autonomia, o EELS utiliza quatro pares de câmeras estéreo e LiDAR (Light Detection and Ranging) para produzir um mapa tridimensional do ambiente ao seu redor. O LiDAR determina a distância medindo o tempo que a luz refletida de um laser leva para retornar ao receptor após atingir uma superfície ou objeto.
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O EELS tem o potencial de fornecer novas informações sobre a química e a habitabilidade do oceano de Encélado, bem como sobre a busca por vida fora da Terra.
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