Considerados os objetos mais impressionantes do Universo, os chamados buracos negros supermassivos podem pesar entre centenas de milhares até bilhões de vezes mais do que a massa do nosso Sol. Como aprendemos no ensino médio, sua gravitação é tão violenta que nada, nem mesmo a luz, escapa de sua atração.
Difíceis até mesmo de serem imaginados tal a sua extensão e densidade, esses monstrengos podem agora ser assimilados, e comparados, em uma nova animação divulgada pela NASA no início do mês em seu site.
Assisti-la ajuda a entender o significado do termo "super" que antecede supermassivos que se aninham no centro da maioria das grandes galáxias, inclusive da nossa querida Via Láctea.
Quais buracos negros supermassivos aparecem no vídeo da NASA?
"Nosso" buraco negro, observador pelo Event Horizon Telescope.Fonte: EHT Collaboration/NASA
No "desfile" de supers da NASA, estão alguns dos buracos negros supermassivos como o Cygnus A, a 780 milhões de anos-luz da Terra, ou o "pequeno" buraco negro no centro da galáxia anã J1601+3113. Não faltou, naturalmente, Sagitário A*, o "nosso" buraco negro supermassivo de estimação, "sentado" em silêncio no centro da galáxia em que vivemos.
No quesito "supermassivos próximos da Terra", a NASA apresenta dois buracos negros, ambos dentro da galáxia NGC 7727. As massas, no entanto, são bem diferentes: um pesa só 6 milhões de massas solares e o outro, mais encorpado, 150 milhões de sóis.
Separados hoje por apenas 1,6 mil anos-luz, a dupla irá se fundir em 250 milhões de anos. Quem viver, verá as incríveis ondas gravitacionais.
Dois campeões da NASA?
Finalmente, surgem dois supermassivos que, se não são os melhores da lista, certamente incorporam com propriedade o prefixo super. O primeiro é o M87, famoso por ser o primeiro objeto da espécie a ter sua imagem diretamente capturada por uma equipe internacional de cientistas, no caso do projeto Event Horizon Telescope em abril de 2019.
Queridinho das mídias, o M87 foi flagrado recentemente exibindo o seu poderoso jato astrofísico para os telescópios GMVA, ALMA e GLT.
Mas, quando o assunto é tamanho, nada se compara ao TON 618, considerado hoje não só o buraco negro supermassivo mais pesado, mas também o objeto mais pesado do Universo, sendo capaz de conter dentro de si cerca de 60 bilhões de vezes a massa do Sol. A boa notícia é que esse brutamontes mora longe: sua luz é estimada em 10,8 bilhões de anos, o que é um alívio quando se pensa em termos de ser atraído por uma força gravitacional implacável.
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