O TecMundo e o #AstroMiniBR, trazem toda semana cinco curiosidades astronômicas relevantes, produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter, para disseminar o conhecimento da Astronomia. Veja a baixo!
#1: Um jato em um buraco negro!
Em 2017, uma equipe internacional de astrônomos capturou a primeira imagem de um buraco negro a partir da coordenação de antenas de rádio em todo o mundo para atuar como um único telescópio do tamanho de um planeta.
A rede sincronizada, conhecida coletivamente como Event Horizon Telescope (EHT), registrou o M87*, o buraco negro no centro da vizinha galáxia Messier 87. A resolução focada no laser do telescópio revelou um anel brilhante muito fino em torno de um centro escuro, representando o primeiro visual da sombra de um buraco negro. Os astrônomos agora redirecionaram os telescópios para capturar uma nova camada de M87*, usando outra rede global de observatórios, o Global Millimeter VLBI Array (GMVA), para registrar uma visão mais ampliada do buraco negro.
As novas imagens, tiradas um ano após as observações iniciais do EHT, revelam um anel de plasma maior e mais intenso, juntamente com as evidências visuais do disco de acreção e do jato relativístico do buraco negro. Essas observações podem abrir caminho para uma melhor compreensão da física dos buracos negros.
#2: Você sabe o que são erupções solares?
Uma erupção solar, também chamada de flares solares, são caracterizados por um súbito aumento no brilho de uma região na coroa solar, geralmente nas proximidades de um grupo de manchas solares. A erupção se desenvolve em alguns minutos, ou mesmo segundos, e pode durar várias horas.
- Veja também: Máximo solar: o que é e o que esperar?
Nesse processo, partículas de alta energia, fluxos de elétrons, raios-X e rajadas de rádio são constantemente emitidos, e uma onda de choque ocorre quando a explosão interage com o meio interplanetário. A explosão ocorre acima da superfície na coroa, e a energia depositada na superfície traz uma nuvem superquente com cerca de 100 milhões de graus centígrados.
Por estarem comumente associadas às manchas solares, erupções dessa natureza raramente ocorrem nos três ou quatro anos mínimos de manchas solares (cuja atividade máxima ocorre em um ciclo médio de 11 anos).
#3: Os impactos dos detritos espaciais com o telescópio Hubble
Durante seus mais de 30 anos em órbita ao redor da Terra, o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA testemunhou a mudança na natureza dos voos espaciais à medida que os céus se encheram de um maior número de satélites.
Ao longo de sua vida, por exemplo, o Hubble viu a chegada da Estação Espacial Internacional (ISS, da sigla em inglês) e diversas colisões e explosões no espaço, que criaram nuvens de detritos espaciais em movimento rápido. O próprio Hubble sentiu o impacto desses detritos, acumulando pequenas crateras de impacto em seus painéis solares que evidenciam sua vida longa e agitada no espaço.
O estudo dos resultados deste impactos com pequenos detritos (que variam em tamanho de micrômetros até um milímetro), possibilitou às novas missões que usassem um modelo criado para prever quantos impactos podem ser esperados para cada missão e como reduzir os efeitos nocivos que isso poderia acarretar nas sondas.
#4: Papéis de parede de Saturno!
O Senhor dos Anéis do Sistema Solar já é naturalmente majestoso, mas essas imagens em infravermelho não estão para brincadeira! Isso porquê muitos detalhes de Saturno aparecem claramente na luz infravermelha, como as diferentes camadas de nuvens e suas longas tempestades.
Uma característica bastante marcante também é o padrão incomum das nuvens que assumem formatos hexagonais ao redor do polo norte do planeta. A existência dessa região hexagonal não havia sido prevista e sua origem e provável estabilidade continua sendo um tópico de pesquisa. Os famosos anéis de Saturno circundam o planeta e projetam suas sombras abaixo do equador nessas imagens, tiradas pela sonda Cassini entre 2014 e 2017.
#5: Qual é o elemento químico mais comum do Universo?
Os elementos químicos mais comuns do Universo são o hidrogênio (74%) e o hélio (24%). Em ordem, estes são os 8 elementos subsequentes que compões os 2% restantes: oxigênio, carbono, neônio, nitrogênio, magnésio, silício, ferro e enxofre.
Apesar de compreender apenas uma fração muito pequena do universo, estes outros “elementos pesados” restantes podem influenciar bastante os fenômenos astronômicos. Esses outros elementos são gerados por processos estelares, diferente do hidrogênio e do hélio que foram produzidos em quantidades significativas após o Big Bang.
Em geral, todos os demais elementos pesados são criados no interior das estrelas em processo de fusão nuclear ou no fim de suas vidas, nas grandes explosões chamadas de supernovas.
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