Pesquisadores da Universidade de Minnesota (Estados Unidos) descobriram uma galáxia única e minúscula formada cerca de 500 milhões de anos após o Big Bang que possui uma taxa impressionante de geração de novas estrelas. A descoberta foi realizada com o Telescópio James Webb, lançado em 2021.
Os cientistas disseram que a galáxia, datada em 13,3 bilhões de anos, tem um diâmetro de aproximadamente 100 anos-luz - cerca de 1.000 vezes menor do que a Via-Láctea - mas forma novas estrelas a uma taxa muito semelhante à da nossa galáxia atual.
O artigo, publicado na revista Science, mostra que os pesquisadores foram uma das primeiras equipes a estudar uma galáxia distante utilizando o Telescópio Espacial James Webb.
“Esta galáxia está muito além do alcance de todos os telescópios, exceto o James Webb, e essas observações inéditas da galáxia distante são espetaculares”, disse Patrick Kelly, autor sênior do artigo e professor assistente na Universidade da Escola de Física e Astronomia de Minnesota.
Pesquisadores utilizaram o Telescópio James Webb para observar e descobrir uma galáxia de tamanho minúsculo, mas com uma alta taxa de geração de estrelas novas. (ESA/Webb, NASA & CSA, P. Kelly).Fonte: NASA
Os pesquisadores examinaram a composição química da galáxia, descobrindo uma presença de oxigênio muito menor do que a encontrada normalmente em galáxias atuais. Oxigênio e outros elementos mais pesados do que hidrogênio e hélio são forjados nas usinas termonucleares no interior das estrelas e depois lançados no espaço quando as estrelas explodem no final de seus ciclos de vida.
A observação dessa galáxia foi possível devido a um fenômeno chamado "lente gravitacional", que ocorre quando uma quantidade imensa de matéria, como um grupo de galáxias, cria um campo gravitacional que distorce e amplia a luz viajada de galáxias distantes localizadas atrás, mas na mesma linha de visão.
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