Uma equipe formada por pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurich), da Escola Politécnica Federal de Lausanne e da empresa de tecnologia sustentável EMPA, desenvolveram uma palmilha inteligente que ajuda a medir pontos de pressão entre os pés e os calçados, visando combater dores musculoesqueléticas e medir o progresso de atletas. Usando impressão 3D, os cientistas conseguiram criar o dispositivo personalizado com sensores que medem a pressão na sola do pé do atleta.
As palmilhas personalizadas disponíveis atualmente demoram um tempo considerável para serem produzidas, já que os atletas devem passar por testes em tapetes sensíveis à pressão para criar um perfil para os pés. O grande diferencial da palmilha impressa em 3D é a medição realizada diretamente no pé, sem a necessidade de usar tapetes sensíveis à pressão.
Em comunicado, os pesquisadores afirmam que as palmilhas são fáceis de usar e de produzir, já que são fabricadas em uma etapa e usando apenas uma impressora 3D — o tempo de produção também inclui a impressão dos sensores e dos condutores integrados.
Na fabricação, a base da palmilha é impressa com uma mistura de silicone e nanopartículas de celulose, enquanto os condutores são produzidos com uma tinta condutiva de prata, por último, os sensores são impressos sob os condutores com uma tinta de carbono negro; tudo isso é revestido com uma camada de silicone para a proteger a tecnologia da palmilha.
O objetivo dos pesquisadores é disponibilizar a palmilha impressa em 3D para medir o progresso do treinamento ou da fisioterapia dos atletas.Fonte: ETH Zurich
Palmilha impressa em 3D
“Pelos padrões de pressão detectados, é possível perceber se a pessoa está andando, correndo, subindo escadas ou até mesmo carregando uma carga pesada nas costas – nesse caso, a pressão se desloca mais para o calcanhar. Assim, com a análise de dados, podemos identificar diferentes atividades com base em quais sensores responderam e quão forte foi essa resposta”, disse o líder do projeto e assistente sênior do EMPA, Gilberto Siqueira.
Os pesquisadores adicionaram um contato na lateral da palmilha para conectá-la por cabo ao computador e, assim, ler os dados dos padrões de pressão detectados durante o uso. Contudo, Siqueira afirma que uma das próximas etapas é o desenvolvimento de uma conexão sem fio para a palmilha. Ainda não há previsão para a comercialização do produto.
Fontes