#AstroMiniBR: como lançar um objeto ao espaço?

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Imagem: Getty Images

Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: A Terra vista do espaço

Você consegue encontrar sua cidade na imagem acima? Surpreendentemente, nesta paisagem noturna da América do Sul, as luzes das cidades tornam essa tarefa bastante possível.

As luzes artificiais denunciam a presença do ser humano no mapa, destacando as áreas particularmente desenvolvidas ou povoadas da superfície (essencialmente próximas às costas litorâneas), ao passo que as regiões escuras incluem a maior parte das áreas centrais na imagem.

Coincidentemente, galáxias no Universo possuem distribuições relativamente similares: novos métodos computacionais ajudam a simular o Universo em grandes escalas e com inúmeras informações de processos físicos. Essas novas ferramentas fornecem resultados como a da imagem da direita acima, mostrando novos insights sobre como ocorre a distribuição da matéria no Cosmos, a comum e a escura, e ajudam os astrônomos a entender melhor como a formação e a evolução cósmica das estruturas, como grupos e aglomerados de galáxias.

#2: Como lançar um objeto ao espaço?

Se você não for um super-herói da Marvel, lançar um objeto ao espaço sem propulsão a combustível é uma tarefa impossível. Isso graças à velocidade de escape: a velocidade mínima necessária para um corpo escapar de um centro de atração gravitacional sem sofrer nenhuma aceleração adicional.

Na superfície da Terra, se a resistência atmosférica pudesse ser desconsiderada, a velocidade de escape equivale a cerca de 11,2 quilômetros por segundo (ou pouco mais de 40 mil quilômetros por hora). A velocidade de escape da Lua, menos massiva, é de cerca de 2,4 quilômetros por segundo em sua superfície.

Se esses números parecem altos para você, imagine este: dentro do horizonte de eventos de um buraco negro, a velocidade de escape é tão grande que excede a velocidade da luz (cerca de 300 mil quilômetros por segundo), então, dentro dessa região nem mesmo os raios de luz podem escapar para o espaço.

#3: Como seria “ouvir” um exoplaneta?

Verdade seja dita, isto não é possível. Porém, com o método da sonificação, os astrônomos podem traduzir dados, desde informações de brilho das estrelas à força das ondas gravitacionais, em ondas sonoras.

Essa técnica, que é uma espécie de design de som, tem como uma das aplicações mais óbvias tornar essas informações acessíveis para aqueles que são cegos ou têm visão em níveis mais baixos. Mas a sonificação também abre novas experiências para o público em geral e para a pesquisa científica. Exemplo disso é o vídeo acima, com a sonificação do exoplaneta WASP-96b, onde o volume indica a quantidade de luz detectada em cada ponto de dados, tocando uma nota musical para cada ponto. As quatro assinaturas de água detectadas na atmosfera do exoplaneta são representadas pelo som de gotas de água caindo, uma assinatura que possui um conjunto com vários pontos de dados.

#4: Células convectivas no Sol

Não, você não está olhando para um pé-de-moleque gigante e sim para a superfície do Solar. Nesta escala, a superfície solar é um impressionante trabalho de fragmentos de grânulos, cada um do tamanho aproximado do estado de Minas Gerais.

Causados por convecção térmica, esses grânulos são colunas quentes e ascendentes de plasma, cercadas por faixas mais frias de plasma descendente. Algumas regiões entre as bordas dos grânulos são muito brilhantes, pois são curiosas janelas magnéticas para um interior solar mais profundo e quente.

Esse vídeo em altíssima resolução apresenta uma área superficial do Sol equivalente ao tamanho aproximado do nosso planeta e foi feito pelo Telescópio Solar Inouye localizado no Havaí, que tem como principal objetivo científico o estudo das propriedades físicas do Sol.

#5: Um pedacinho da nossa história no espaço!

No início da década de 70, as sondas Pioneers 10 e 11 da NASA, que precederam as sondas Voyager, carregavam pequenas placas de metal identificando seu tempo e local de origem para o benefício de qualquer outro viajante do espaço que pudesse encontrá-las em um futuro distante.

A partir deste feito, a NASA colocou uma mensagem maior e mais importante a bordo das Voyager 1 e 2: uma espécie de cápsula do tempo, destinada a comunicar uma história de nosso mundo aos extraterrestres. A mensagem da Voyager é transmitida por um disco fonográfico, um disco de cobre folheado a ouro de 12 polegadas contendo sons e imagens selecionados para retratar a diversidade da vida e da cultura na Terra.

O conteúdo dos discos, selecionado por um comitê da NASA chefiado por Carl Sagan, reúne sons naturais, como o som de trovões, do vento, das ondas do mar, cantos de pássaros entre outros. Além disso, foi incluída uma coletânea musical com obras de diferentes épocas e culturas e palavras de saudações em 55 línguas diferentes.

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