Um dispositivo novo, desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Sydney (UTS), consegue detectar e realizar análises em células cancerígenas com amostras de sangue, o que vai ajudar a fazer com que os médicos evitem biopsias invasivas e ainda possam monitorar o progresso do tratamento.
O dispositivo, chamado Static Droplet Microfluid, é uma biotecnologia capaz de detectar rapidamente células tumorais circulantes (CTC) que se separam da fonte do câncer e entram na corrente sanguínea.
A pesquisa diz que uma subpopulação em rápida expansão de células tumorais circulantes (CTC) são os locais potenciais para uma metástase — a formação de novos tumores em outros órgãos do corpo, após a disseminação das células cancerígenas.
Foto mostra o dispositivo Static Droplet Microfluidic, capaz de detectar células tumorais em teste feito com o sangue do paciente (Majid Warkiani/UTS)
Também foi relatado pela pesquisa que o novo dispositivo identificou com sucesso CTCs funcionais derivados de diferentes tipos de pacientes com câncer, incluindo pacientes com câncer colorretal, renal e de bexiga, usando sangue total sem qualquer processo de pré-tratamento da amostra.
Dentro de 28 casos de pacientes com câncer colorretal, as CTCs funcionais foram detectadas em 61,54% dos pacientes com metástases, com uma invasão mais forte avaliada pela distância de migração/invasão do que em pacientes sem metástases.
Majid Wakiana, professor da Escola de Engenharia Biomédica da UTS disse que “uma única célula tumoral pode existir entre bilhões de células sanguíneas em apenas um mililitro de sangue, tornando muito difícil encontrá-la. A nova tecnologia de detecção possui 38.400 câmaras capazes de fazer a detecção isolando e classificando o número de células tumorais metabolicamente ativas.”
Esta nova tecnologia foi feita para que médicos consigam diagnosticar e realizar o monitoramento de pacientes com câncer sem a necessidade de equipamentos caros e tecnológicos ou operadores treinados.
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