Sirius, o acelerador de partículas brasileiro do tipo síncrotron, recebeu 334 propostas de pesquisa, segundo boletim oficial do Governo Federal. No mês de março, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), vai convocar as propostas selecionadas para os experimentos.
O acelerador de partícula Sirius, localizado em Campinas (SP)Fonte: Divulgação
O CNPEM recebeu as propostas na primeira chamada, que foi realizada no ano passado, e que foram enviadas por cientistas de 15 países e de 17 estados brasileiros. São 36 propostas de instituições estrangeiras e 298 brasileiras.
Para a primeira chamada, 30% das propostas devem ser selecionadas, mas o CNPEM deve fazer uma nova seleção em abril. Segundo Harry Westfahl Júnior, diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, “o número de propostas demonstra o interesse da comunidade científica pelo Sirius.”
O que é o Sirius?
Considerada a mais complexa infraestrutura científica brasileira, ele utiliza aceleradores de partículas para produzir um tipo especial de luz (síncrotron) utilizada para investigar a composição e a estrutura da matéria em suas formas variadas.
Ele gera luz síncrotron, fonte de radiação eletromagnética de brilho tão intenso que pode revelar estruturas de materiais orgânicos e inorgânicos como proteínas, vírus, rochas, plantas e ligas metálicas, tudo em alta resolução.
Desenvolvida no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, ele é aberto e está disponível para cientistas brasileiros e estrangeiros.
Diversas pesquisas acadêmicas e industriais poderão ser realizadas graças ao Sirius. Espera-se que isso contribua para a solução de desafios científicos e tecnológicos dos mais variados tipos, como tratamento para doenças, novas tecnologias de agricultura e mais.