Astrônomos capturaram pelos menos três aglomerados de galáxias em colisão, a 780 milhões de anos-luz de distância da Terra. O evento deu origem a um único e gigante sistema com 5,6 milhões de anos-luz de diâmetro, chamado de Abell 2256, lançando grandes quantidades de matéria e energia ao Universo.
A descoberta, publicada na revista Astronomy & Astrophysics, analisou dados de observatórios espaciais de raios-X, como o Chandra da NASA, em conjunto com telescópios ópticos. Assim, o trabalho entregou uma visão do que está acontecendo nesse meio turbulento e dinamicamente ativo.
Na imagem abaixo, o novo e gigante aglomerado de galáxias aparece em tom azulado como uma nuvem de gás quente — cujas temperaturas podem chegar a milhares de graus Celsius. As estrelas, nas cores branca e amarela, foram capturadas em comprimentos de onda ópticos e infravermelhos.
Astrônomos flagraram um caótico sistema resultado do choque de diferentes aglomerados de galáxiasFonte: NASA/Reprodução
O choque galáctico provocou um fluxo de partículas saindo de um buraco negro supermassivo, jato representado como uma linha vermelha rotulada de "C". Essas partículas são ondas de rádio — radiação eletromagnética lançada no espaço — e podem ser vistas na linha "I".
À medida que esses jatos interagem com o gás aquecido, eles formam filamentos complexos e irregulares, identificados nas regiões "A", "B" e "F". Já na parte superior da imagem aparece uma enorme área avermelhada, similar a chamas ondulantes, que pode se estender por cerca de 2 milhões de anos-luz.
Os dois pontos chamados de "relíquias" provavelmente são resultado da colisão cósmica, ação que cria ondas de choque nos arredores de diferentes aglomerados de galáxias em fusão.
Essas observações forneceram imagens de alta resolução do A2256 e deve permitir estudar com mais detalhes a caótica e impressionante emissão de rádio ao longo do evento. Além disso, pode ajudar pesquisadores a entender a composição de galáxias distantes, alvo principal da sequência do atual estudo.
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