A Neoplants, startup de biotecnologia francesa, está divulgando uma nova planta geneticamente modificada – a Neo P1 – que, em termos de purificação do ar, equivale ao trabalho feito por até 30 plantas domésticas juntas. Originalmente, a Neo P1 é uma variedade de pothos, espécie conhecida por ser capaz de sobreviver em quase todo tipo de ecossistemas.
A escolha não foi por acaso: a resistente planta já é conhecida por ser boa na remoção de compostos orgânicos voláteis (VOCs) do ar. No caso da Neo P1, ela foi especificamente projetada para captura de grandes quantidades dos VOCs mais tóxicos existentes na atmosfera da Terra: formaldeído, benzeno, tolueno e xileno.
Para dar uma "ajudinha" à planta geneticamente modificada, alguns genes lhe foram estrategicamente adicionados, para que ela produza algumas enzimas que convertem esses quatro compostos perigosos em substâncias inofensivas: o formaldeído, em frutose; e os outros três, em um aminoácido.
Como a Neo P1 consegue purificar o ar com maior potência?
Além das modificações genéticas na própria planta, ela vem cultivada em um solo especial, que contém um carvão vegetal usado na correção de solos chamado biochar. Esse material, que é produzido pelo aquecimento da biomassa, fornece um lar seguro para os microrganismos benéficos – os Power Drops – que são adicionados uma vez por mês como suplementos.
Ao absorver nutrientes que sustentam a vida da planta, esses seres microscópicos aumentam a sua capacidade de purificar o ar. E eles acabam capturando mais VOCs por conta própria, assim que o ar flui pelo solo através de fendas no vaso fornecido.
De acordo com a Neoplants, a taxa de purificação do ar em relação ao solo vai depender do tamanho da planta, mas essa relação deve ficar em 50:50 na maturidade da Neo P1. A planta geneticamente alterada começará a ser vendida em breve pelo valor de US$ 179 (R$ 927), aí já inclusos três Power Drops.
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