Um dente de megalodonte, espécie de tubarão extinta há cerca de 2 milhões de anos, foi encontrado por uma menina de 9 anos na praia de Calvert, região nordeste dos Estados Unidos. A descoberta do tesouro paleontológico aconteceu em 25 dezembro, quando Molly Sampson partiu na procura por fósseis juntamente com seu pai e irmã.
O achado de quase 13 centímetros foi então levado para o Museu Marinho de Calvert, em Maryland. Lá, especialistas confirmaram que o dente de fato pertenceu ao maior tubarão que já nadou nos oceanos da Terra, e estimaram que o espécime em questão deveria ter tamanho similar ao de um ônibus.
O megalodonte (Otodus megalodon) predominou nos mares entre o Mioceno Inferior e Plioceno (22 milhões de anos atrás). A espécie gigantesca de tubarão, com dentes também enormes, podia ter até 20 metros de comprimento. Sua extinção provavelmente ocorreu com o surgimento de espécies menores, em especial pelos grandes tubarões brancos.
Os fósseis raramente são achados preservados, em razão de os animais possuírem esqueletos cartilaginosos que geralmente não permanecem intactos com o passar do tempo. Logo, o que se sabe sobre os rápidos predadores é uma reconstrução a partir dos seus dentes, que por serem mais duros podem ser encontrados em áreas costeiras em todo o planeta.
A praia de Calvert Cliffs State Park, situada na Baía de Chesapeake, é um dos pontos mais favorecidos para encontrar esse tipo de registro. Isso porque os penhascos que dominam a paisagem são formados por camadas de sedimentos do fundo do mar que cobria a área no passado. À medida que as encostas são desgastadas pelas ondas, novas partes são expostas, o que possibilita achar algum tipo de fóssil que até então estava preso no solo.
O dente descoberto por Molly, que aspira se tornar uma paleontóloga quando crescer, na manhã de Natal é o maior já encontrado pela jovem caçadora de tesouros, que há alguns anos parte em busca de fósseis, sendo que ela já coletou mais de 400 dentes de tubarão ao longo da costa de Maryland. Segundo os pais da garota, a descoberta pode inspirar outras crianças a se interessarem pela natureza.