Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: Os satélites da nossa galáxia
A nossa galáxia está rodeada de dezenas galáxias anãs satélites.
Pouco a pouco, essas galáxias são acretadas no disco da Via Lactea. Durante esse processo, longas caudas de gás e estrelas sao formadas pela forca mareal da interacao gravtacional. #AstroMiniBR pic.twitter.com/Jng0eiU4Q7
Um comportamento comum no Universo é a dinâmica orbital entre dois corpos massivos. A lei da gravitação newtoniana e as leis de Kepler do movimento planetário afirmam que, se um corpo está suficientemente próximo de um outro corpo de massa maior, ele poderá orbitá-lo, tornando-se um satélite.
No caso de sistemas grandes como galáxias, chama-se de galáxia satélite justamente o sistema estelar que orbita uma outra galáxia de tamanho maior devido à interação gravitacional.
A nossa galáxia, a Via Láctea, tem várias galáxias satélite que fazem parte do subgrupo local. Até o momento, existem 59 pequenas galáxias confirmadas a uma distância de até 1,4 milhões de anos-luz da Via Láctea, mas nem todas estão necessariamente em órbita, uma vez que algumas orbitam outras galáxias satélites. As únicas visíveis a olho nu são as Grandes e Pequenas Nuvens de Magalhães e são observadas pela humanidade desde a pré-história.
#2: A astronomia e as cores “falsas”
?? Em geral, muitas imagens astronômicas coloridas que a gente vê não são são observadas diretamente assim.
O objeto é observado várias vezes em filtros diferentes, e então a cada um associamos uma cor: o resultado final é a imagem composta colorida.
??=??+??+??#AstroMiniBR pic.twitter.com/S1f75yaAZS
Sabe aquela foto deslumbrante de uma nebulosa ou de uma galáxia que comumente aparece para você na internet? É muito provável que você esteja olhando para uma imagem tratada digitalmente com cores falsas.
Em geral imagens de observações astronômicas, como as do telescópio espacial Hubble, por exemplo, são pretas e brancas, ou possuem um tom de cor específico, como as do James Webb que são avermelhadas. A razão para isso é que os sensores desse telescópio não são iguais aos sensores de câmeras comerciais que estamos habituados.
Os detectores de câmeras comerciais, em geral, possuem 3 subpixels em um pixel: cada um serve para capturar imagens nos canais de cor vermelha, verde e azul, separadamente. Ao fim dessa coleta, o resultado que vemos é uma imagem colorida. Os detectores científicos não possuem esse mesmo sistema. Em vez disso eles têm um único pixel grande em vez de três. Os sensores comerciais tentam coletar toda a luz colorida possível, mas para finalidades científicas isso quase nunca é necessário.
#3: Duas perspectivas de um mesmo objeto celeste
essas duas imagens são do mesmo objeto, a nebulosa Sh2-54 ??
imagem ??: capta a luz visível do objeto, onde vemos um complexo sistema de gás e poeira rodeando a região central
imagem ??: feita no infravermelho e evidencia as estrelas da região ?#AstroMiniBR
{c} ESO/VVVX pic.twitter.com/3ZMfIKtJLZ
Você está olhando para duas visões da magnífica Sh2-54, uma extensa nebulosa brilhante na constelação de Serpente! Apresentada acima em dois comprimentos de onda distintos, o óptico e no infravermelho, um dos aspectos mais notáveis dessa nebulosa está em seu núcleo que apresenta uma quantidade vasta de protoestrelas e diversas outras estrelas muito jovens e de grande massa.
Os astrônomos estimam que a população de estrelas mais velhas nesta região tenha uma idade média de 4 a 5 milhões de anos, e seus componentes estão agrupados majoritariamente no aglomerado aberto conhecido como NGC 6604. A nebulosa Sh2-54 pertence a uma região muito mais extensa que inclui também a famosa Nebulosa da Águia e a Nebulosa Ômega.
#4: Um show de luzes no céu
?? AURORAS BOREAIS E AUSTRAIS
As auroras são fenômenos que ocorrem por conta da interação entre o vento solar (partículas ejetadas do Sol) e o campo magnético terrestre na alta atmosfera.
Podem ser vistas em regiões próximas ao Polo Norte e ao Polo Sul do planeta.#AstroMiniBR pic.twitter.com/fo6N466OMI
Você sabia que as auroras são um fenômeno também astronômico? Embora seja mais bem definida como um fenômeno atmosférico, as auroras, tanto as boreais quanto as austrais, são uma manifestação visível de interações complexas entre a Terra e o Sol.
Uma aurora é um fenômeno esporádico, comumente de um brilho fraco e que é geralmente visível no céu noturno de locais em altas latitudes. Popularmente conhecido como “luzes do norte” por quem mora naquele lado do planeta, as auroras costumam aparecer primeiro como um brilho tênue e de aspecto leitoso, muito fraco para o olho humano detectar qualquer cor, mas brilhante o suficiente para mostrar a silhueta das nuvens perto do horizonte.
Pode desenvolver-se em arcos esverdeados constantes ou formar cortinas cintilantes e rodopiantes de luz amarelo-esverdeada. Durante as exibições mais intensas, as auroras podem ser visíveis de regiões em latitudes médias, como na Europa central e nas latitudes norte dos Estados Unidos.
#5: A primeira imagem de um exoplaneta!
essa foi a 1a imagem feita de um planeta extrassolar e sua estrela
2M1207b orbita uma anã marrom e está a 230 anos-luz. ele é parecido com Júpiter, com uma massa 5x maior que o nosso gigante gasoso e dista da sua estrela ~55x a distância Terra-Sol#AstroMiniBR
{c} VLT/ESO pic.twitter.com/L2y885o4oy
Esta imagem que parece um borrão sem nada em especial representa, na verdade, um grande feito para a astronomia: trata-se da primeira imagem de um exoplaneta (o ponto vermelho à esquerda) e sua estrela hospedeira da história! Batizado de 2M1207b, o exoplaneta está na órbita de uma estrela da classe das anãs marrons, chamada 2M1207 (ao centro da imagem).
Esse registro foi 2004 pelo Very Large Telescope, no Chile, e trouxe a confirmação de que 2M1207b é um planeta do tipo de Júpiter, com cinco vezes a massa do nosso gigante gasoso. Sua distância até a anã marrom é cerca de 55 vezes maior do que a distância da Terra ao Sol e está localizado a uma distância de 230 anos-luz da Terra, na constelação da Hidra.
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