Bactérias probióticas podem combater mau hálito, diz estudo

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Pesquisadores da Universidade de Sichuan, na China, publicaram uma revisão bibliográfica na revista BMJ Open sobre os benefícios que algumas bactérias probióticas de alimentos fermentados poderiam ter para o combate ao mau hálito.

A halitose é uma alteração no odor do hálito que pode ser causada por problemas na higiene bucal, ou por doenças da boca e do trato gastrointestinal.

Os tratamentos são diversos e a condição pode ser resolvida com orientações sobre a correta higienização da boca, ou em casos mais graves, com uso de medicações e alteração nos hábitos alimentares.

A alimentação e hábitos ruins de higiene bucal são fortes aliados para o desenvolvimento de halitoseA alimentação e hábitos ruins de higiene bucal são fortes aliados para o desenvolvimento de halitoseFonte:  Shutterstock 

E pensando em alimentação, algumas bactérias probióticas encontradas em alimentos fermentados, como pão, iogurte e missô, podem ter alguma influência para auxiliar no combate ao mau hálito, de acordo com a meta-análise de estudos conduzida por pesquisadores chineses.

Os pesquisadores realizaram uma revisão bibliográfica de estudos que relacionassem o mau hálito e o uso de suplementos com bactérias probióticas para o melhoramento da condição.

Dentre os 238 estudos clínicos randomizados encontrados, apenas 7 seguiram para análise. Somando os participantes desses estudos, ao todo há análise de 278 participantes.

Uso de bacilos pode se tornar tratamento de halitoseUso de bacilos pode se tornar tratamento de halitoseFonte:  Shutterstock 

Os voluntários utilizaram suplementos com Lactobacillus salivarius, Lactobacillus reuteri, Streptococcus salivarius e Weissella cibaria, que em acompanhamento de 2 a 12 semanas pareceu surtir efeito para o controle da halitose.

Mesmo com resultados positivos, os pesquisadores pedem cautela na interpretação dos resultados da meta-análise, não podendo ser conclusivas.

Fatores como o uso de suplementação ao invés da ingestão de alimentos fermentados, tempo de uso, continuidade do efeito inibidor e a falta de efeito para a diminuição da saburra e da placa dentária são fatores que interferem na análise dos resultados.

Sendo assim, há necessidade de mais estudos na área para que evidências mais fortes sejam produzidas, e os probióticos possam ser considerado uma forma de tratamento.

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