A Amazon é a maior companhia de comércio eletrônico em todo o mundo, contudo, isso pode representar uma má notícia para o planeta Terra. Segundo um novo relatório publicado pela organização global de ativistas marinhos Oceana, em 2021, a empresa de Jeff Bezos gerou cerca de 321 mil toneladas de resíduos de embalagens plásticas.
O relatório aponta um crescimento de 18% das estimativas registradas em 2020 — na época, foram 271 mil toneladas. A quantidade de plástico é tão grande que seria possível usar os resíduos para dar até 800 voltas na Terra.
Os dados apontam que a Amazon se recusa a criar um comprometimento para a redução dos resíduos, mesmo sabendo que toneladas de plásticos acabam na natureza. Inclusive, na Assembleia Geral Anual da Amazon, em maio de 2022, cerca de 49% dos acionistas votaram a favor de uma estratégia para a transparência da empresa em relação ao plástico.
“A ciência é clara, o tipo de plástico usado pela Amazon para suas embalagens é uma ameaça aos oceanos. Clientes e acionistas estão pedindo que a empresa aja. É hora de a Amazon, como fez com o clima, intensificar e se comprometer com uma redução global no uso de embalagens plásticas”, disse o vice-presidente sênior de Iniciativas Estratégicas da Oceana, Matt Littlejohn, em comunicado.
O relatório foi nomeado de "O custo da negação do plástico da Amazon nos oceanos do mundo"; as vendas da Amazon cresceram 22% no mesmo período.Fonte: Oceana
Amazon e embalagens plásticas
Infelizmente, os resíduos são responsáveis por afetar a vida de aves marinhas, mamíferos marinhos e tartarugas marinhas — comumente, são divulgadas imagens de animais presos em restos de plásticos. Contudo, também existe um problema real para a saúde humana, já que a ingestão de plásticos é algo comum atualmente.
Em resposta à Oceana, a Amazon disse que os números do relatório não são reais e afirma que produziu apenas 97 mil toneladas de plástico em suas operações globais.
É a primeira vez que a Amazon divulga os números sobre a quantidade de plástico usada em embalagens, contudo, a ONG diz que as informações não são condizentes com a realidade. Os dados divulgados pela Amazon são referentes apenas aos envios realizados em centros de distribuição da Amazon, mas o relatório da Oceana representa todas as vendas da plataforma.
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