Segundo uma nova pesquisa publicada na revista científica Nature, a pandemia causada pela covid-19 foi responsável por quase 15 milhões de mortes em todo o mundo até o final de 2021.
Ao todo, a estimativa feita pelos pesquisadores é cerca de três vezes maior que os números de mortalidade anunciados oficialmente em 2022. Por exemplo, ao final de 2021, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou uma lista baseada em relatórios de diferentes países, registrando 5,4 milhões de mortes e 300 milhões de infecções. Contudo, os pesquisadores apontam que esses números são subestimados.
Analisando os números registrados em 2020 e 2021, os pesquisadores contabilizaram 14,86 milhões de mortes associadas ao vírus. Segundo o estudo, a média oficial é menor por conta da capacidade de rastrear os números com precisão em cada país — eles afirmam que apenas 50% dos países fornecem dados mais próximos da realidade.
Um estudo publicado pelo Imperial College London estima que, em 2021, a vacinação preveniu 20 milhões de mortes em todo o mundo.Fonte: Shutterstock
A pesquisa se baseou em modelos matemáticos para contabilizar os números prováveis e, assim, eles até identificaram que o nível de mortalidade superou a média causada pelo vírus da influenza em 1957, em 1968 e em 2009.
Mortes por covid-19 em 2022
“Para contextualizar essas estimativas, a principal causa de morte em 2019 foi a doença isquêmica do coração, com 8,9 milhões de mortes. Atualmente, as informações sobre as principais causas de morte não estão disponíveis para os anos de pandemia, mas esperamos que a covid-19 esteja entre as principais causas de morte em 2020 e a principal causa de morte em 2021”, é descrito no estudo.
Como a pesquisa não abordou os dados deste ano, é possível que o número de mortes já tenha alcançado 30 milhões, já que muitos países sofreram com a alta mortalidade até os primeiros meses de 2022.
Felizmente, não podemos esquecer que as vacinas foram responsáveis por uma redução significativa das mortes causadas pela covid-19. Em um estudo publicado no último mês, só nos Estados Unidos, é estimado que a vacinação preveniu mais de três milhões de mortes.
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