Com o título de "Desigualdades Perigosas", um documento do Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), traz uma realidade preocupante em relação ao enfrentamento da epidemia de HIV.
Ainda longe de atingir a erradicação da Aids, prevista para 2030, o processo de aprofundamento entre as diferenças sociais, de gênero, e o preconceito, ainda existente sobre o tema e às minorias, atrapalham o avanço do controle e combate ao vírus.
Em 1º de dezembro é comemorado o dia mundial do combate à AIDSFonte: Shutterstock
Publicado poucos dias antes do Dia Mundial do Combate à AIDS, o relatório traz dados alarmantes sobre a taxa de crescimento das infeções e mortalidade nas populações vulneráveis.
Entre outros assuntos, o documento reflete sobre desigualdade de gênero, racismo estrutural, populações-chave, estigma, discriminação, impacto nas juventudes e o tratamento de crianças.
Estima-se que no mundo, 60% das crianças e adolescentes, entre 5 e 14 anos, não recebem tratamento para o controle do vírus.
A infecção vertical, quando é passada de mãe para filho, pode ser evitada com o acompanhamento pré-natal. Mas quantas mães têm acesso ao tratamento?
A discriminação e o impedimento de acesso às formas de prevenção e tratamento são os maiores problemas gerados para o combate ao vírus.Fonte: Shutterstock
Para Winnie Byanyima, diretora-executiva do UNAIDS, o relatório traz luz às ações que lideranças mundiais devem construir.
"Em poucas palavras: garantir equidade já. É preciso garantir a equidade de acesso aos direitos, aos serviços, ao acesso à melhor ciência e medicina. Garantir Equidade Já não beneficia apenas as pessoas em situação de vulnerabilidade. A verdade é que beneficia a todas as pessoas", afirma.