O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), divulgou nesta quarta-feira (30) a estimativa da taxa de desmatamento ocorrido na Amazônia Legal Brasileira (ALB). Segundo a instituição pública, entre 1º de agosto de 2021 e 31 de julho de 2022, foram desmatados 11.568 km2 de florestas.
Fruto do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (PRODES), a estimativa é feita através de um mapeamento baseado em imagens dos satélites Landsat-8, Landsat-9 e Sentinel-2. Os registros quantificam áreas desmatadas acima de 6,25 hectares. O valor estimado representa uma redução de 11,27% em relação ao PRODES 2021.
O PRODES conceitua desmatamentos como "a remoção completa da cobertura florestal primária por corte raso ou o estágio final de uma degradação progressiva da floresta em que há a perda completa do dossel, independentemente da futura utilização destas áreas". Veja abaixo a distribuição da estimativa por Estado, a partir da análise de 108 cenas prioritárias.
Fonte: INPE/DivulgaçãoFonte: INPE
O que representa a queda do desmatamento na Amazônia Legal?
Ler a redução do desmatamento nos estados da Amazônia Legal como uma boa notícia pode ser precipitado, pois se a estimativa atual de 11.568 km2 é 11% menor, isso significa que a registradas no PRODES 2021 passou de 13 mil km2 – maior número já registrado desde 2006. Além disso, a comparação por estado revela que o Amazonas teve um aumento de 13% em sua taxa de desmatamento no período.
Quando se analisa o "conjunto da obra", a realidade é que, durante a administração Jair Bolsonaro (PL), a taxa ficou quatro anos acima dos 10 mil km2, após uma década abaixo dos cinco dígitos. Uma taxa média na Amazônia Legal de 11,4 mil km² nos últimos quatro anos representa um aumento de 59% em relação à média do quadriênio anterior, que foi de 7,1 mil km2.
Fonte: INPE/DivulgaçãoFonte: INPE
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