O derretimento da calota polar no norte do planeta, acelerado com a intensificação do aquecimento global, libera milhões de toneladas de bactérias no meio ambiente, segundo um novo estudo publicado na revista científica Nature Communications Earth & Environment.
Para chegar a essa conclusão, foram coletadas amostras de água derretida de dez geleiras e calotas na América do Norte e Europa. Foram encontrados milhares de micróbios em cada mililitro de líquido.
Sob o gelo dos polos pode haver perigos que ameaçam a vida na Terra (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Novas pandemias
Uma das grandes preocupações que diz respeito às mudanças climáticas é o surgimento de pandemias. É possível que haja cepas pré-históricas de vírus ou bactérias presas nas grossas paredes de gelo dos polos capazes de infectar os seres humanos ou outros habitantes do planeta.
Segundo alguns cientistas, é questão de tempo para que alguma delas escape desse reservatório de espécies. Por isso, muitos especialistas monitoram de perto o escoamento das geleiras.
Durante a pesquisa, os microbiologistas observaram que muitas das bactérias encontradas foram mortas pela exposição ao sol. Isso, segundo os autores do estudo, reduz as chances de infecção desses organismos.
Apesar disso, descobriu-se um efeito nocivo desses pequenos seres. Muitos deles produzem moléculas de pigmentos que são capazes de absorver a luz solar, aumentando o aquecimento na região próxima às calotas.
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