*Este texto foi escrito com base em informações de agências e autoridades sanitárias, hospitais e especialistas em saúde. Se você ou alguém que você conhece possui algum dos sintomas descritos aqui, nossa sugestão é que um médico seja procurado o quanto antes.
A covid-19 está de volta aos noticiários. A doença, que vinha recuando nos últimos meses, está provocando mais internações em todo o país, e com ela retornam as preocupações e a necessidade de adotar medidas preventivas.
Mas, diferentemente das primeiras ondas, que atingiram o mundo em 2020, desta vez médicos e epidemiologistas já sabem como prevenir o espalhamento do patógeno. Para isso, a vacinação, o uso de máscara e o distanciamento social são os nossos maiores aliados.
Os casos de covid-19 voltaram a subir (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Na última terça-feira, o estado de São Paulo registrou mais de 300 novas internações provocadas pela covid-19, maior número nos últimos 4 meses. No Amazonas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul os casos também voltaram a crescer.
Em todo o Brasil, a alta de resultados positivos nos testes de patógenos levou os especialistas a declararem a ascensão de uma nova onda da doença. Novas subvariantes do vírus também já são encontradas em diferentes municípios.
Porque a covid-19 está voltando?
Uma das novas subvariantes de grande preocupação é a BQ.1, que já foi identificada no Rio de Janeiro e no Amazonas. Segundo os especialistas, a cepa tem maior escape da proteção oferecida pelas vacinas disponíveis.
Ainda assim, os imunizantes mostram para o que vieram, e conseguem evitar o agravamento dos casos, que poderia levar a morte. Além disso, os dados mostram que grande parte dos internados não tomou as doses de reforço.
No caso dos cariocas, entre os 47 pacientes de covid-19 na UTI no início de novembro, 43 não voltaram aos postos de saúde depois de receberem as duas primeiras vacinas. A queda da imunidade geral da população é um dos motivos apontados para a nova onda.
Baixa procura pelos imunizantes está entre as razões (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Outra razão para esse cenário é a flexibilização ou, em alguns casos, abandono completo das medidas de proteção contra a disseminação do vírus, nomeadamente o distanciamento social e o uso de máscara, principalmente em locais fechados.
Como se proteger da nova onda de covid-19?
Existem, portanto, cinco medidas capazes de diminuir o risco de infecção pelo SARS-Cov-2 que podem ser adotadas por qualquer pessoa e ajudam a frear a nova onda da doença. São elas:
1. Vacinação em dia
Enquanto a Universidade Federal de Minas Gerais faz o anúncio dos estudos de fase clínica da primeira vacina totalmente brasileira contra o coronavírus, a busca pelos imunizantes em todo o país cai.
As vacinas preparam o nosso sistema imunológico para lidar com o vírus. Ao inserir um patógeno enfraquecido ou partes dele no nosso corpo, nossas células defensoras aprendem a identificar o perigo com mais facilidade e desenvolvem medidas para combatê-lo.
2. Usar máscaras
Com a volta da doença, o uso obrigatório de máscaras tem sido retomado. Alguns municípios e universidades saíram na frente, exigindo o equipamento de proteção individual no interior de prédios e do transporte público.
Antes dessa nova onda, o quadro era o contrário: em quase todo o país as obrigatoriedades dessa peça haviam sido deixadas de lado. Esta pode, inclusive, ter sido uma das razões para o retorno do vírus.
Na hora de escolher, o ideal é dar preferência a modelos profissionais, principalmente a PFF2 ou a N95, que podem ser reutilizadas algumas vezes. Peças feitas de pano não oferecem o mesmo nível de proteção e devem ser deixadas de lado.
3. Atenção aos sintomas
Em qualquer cenário de pandemia, a vigilância aos sintomas deve ser prioridade número um. Só assim é possível identificar a doença nos seus primeiros sinais e impedir tanto sua evolução quanto disseminação.
Vale a pena relembrar: no caso da covid-19, os sintomas clássicos são febres, calafrios, tosse, dificuldade para respirar, fadiga, dor no corpo, dor de cabeça, perda de olfato e/ou paladar, dor de garganta, nariz entupido, vômito e diarreia.
Ao primeiro sinal de qualquer um destes sintomas, o paciente deve tentar limitar o contato com outras pessoas, para evitar a transmissão, e buscar um teste que confirme ou descarte a possibilidade do vírus.
4. Testar
A testagem para o coronavírus é importante tanto a nível pessoal quanto coletivo. Com ela, podemos confirmar a presença do vírus e adotar medidas de isolamento social e tratamento. Do ponto de vista público, os resultados dos testes ajudam aos agentes epidemiológicos no rastreamento da doença e identificação de cepas e subvariantes que correm pelo país.
Aqui valem tanto os testes rápidos, que hoje são vendidos em farmácias e podem ser feitos em casa, quanto às análises de RT-PCR, mais confiáveis.
5. Isolamento social (se necessário)
A última medida, velha conhecida se tratando da covid-19, é o isolamento social. Mas, diferentemente das primeiras ondas, agora ele é necessário apenas para pacientes com sintomas ou resultados positivos para a doença.
Isso só é possível graças à vacinação em massa da população, que reduz o número de casos graves e desafoga as UTIs dos hospitais públicos e privados. Atualmente recomenda-se isolamento de cinco a sete dias.
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