Nesta sexta-feira (11), o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) publicou um relatório sobre o desmatamento da Amazônia durante outubro de 2022 e, segundo as análises, o mês registrou o pior momento desde 2015. Ao todo, quase mil quilômetros quadrados foram perdidos por conta do desmatamento.
Conforme os dados do sistema de vigilância por satélite do Inpe, o DETER, outubro registrou uma área desmatada de 904 quilômetros quadrados, cerca de 3% mais do que o valor registrado durante o mesmo período no ano anterior. O número pode parecer pequeno, mas algumas regiões da Amazônia estão presentes em diversos estados brasileiros e ocupam 59% do território brasileiro.
Conhecido por não se interessar pelas questões climáticas do Brasil e do mundo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu governo ajudaram a causar o aumento do desmatamento médio anual em 75%, em relação à década anterior. Segundo especialistas, a maior parte das áreas desmatadas foram usadas para expansão de áreas de pastagem de gado e da produção agropecuária.
Amazônia em chamas
“Neste fim de mandato, há uma corrida de criminosos ambientais para derrubar a floresta, aproveitando o fato de que ainda têm um parceiro sentado na cadeira da presidência da República. Enquanto Lula está a caminho do Egito para se reunir com líderes do mundo inteiro na tentativa de resgatar a imagem do Brasil, Bolsonaro continua no país, implementando sua agenda de destruição ambiental”, disse o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, ao G1.
Além do desmatamento, queimadas criminosas também preocupam a segurança da AmazôniaFonte: Shutterstock
Segundo a ONG WWF-Brasil, além do crescimento do número de desmatamento, o número de queimadas aumentou consideravelmente após as últimas eleições presidenciais. Também foi apontado o desmatamento acumulado entre 1 de janeiro e 31 de outubro de 2022, com área desmatada de 9.494 km².
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