Segundo um novo artigo publicado na revista científica Vaccine, a confiança das pessoas nas vacinas diminuiu significativamente desde o início da pandemia causada pela covid-19. O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, com informações de participantes anônimos em duas fases, realizadas em 2019 e 2022.
Ao todo, foram analisadas respostas de mais de mil pessoas de diferentes idades, sexos, etnias e crenças religiosas. Segundo os resultados, um em cada quatro participantes disseram confiar menos nas vacinas desde o início de 2020.
Segundo o diretor associado de estudantes da Escola de Ciências Biológicas da Universidade de Portsmouth, Alessandro Siani, o movimento antivacinas já existe há bastante tempo, contudo, ele aponta um grande crescimento desse pensamento por conta dos problemas envolvendo as vacinas contra a covid-19.
Pouco antes de surgir a pandemia, em 2019, os cientistas realizaram a primeira versão do estudo, mas fizeram um repeteco em 2022 para comparar as informações.Fonte: Unsplash
“Isso não é apenas entre os teóricos da conspiração, mas também aqueles que não se consideram ‘antivacinas’ e apoiaram outras campanhas de vacinação no passado… Os jovens infectados raramente apresentam sintomas graves que levam à hospitalização e à morte, por isso é possível que muitos tenham se tornado complacentes e não sintam a necessidade de se vacinar”, disse Siani.
Vacinas salvam vidas
Participantes com crenças religiosas foram alguns dos mais relutantes em relação à confiança nas vacinas, mas pessoas de origens negras e asiáticas foram as etnias que mais desconfiavam das vacinas — o sexo não mostrou nenhuma diferença aparente.
É importante destacar que as evidências científicas apontam que as vacinas aprovadas contra a covid-19 são eficazes e seguras. A vacinação é muito importante para salvar vidas e prevenir dezenas de doenças.
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