A erisipela é uma condição infecciosa causada por uma bactéria que penetra na pele de diferentes formas, como por picada de insetos, frieiras, micoses de unha, entre outras causas. Muitas pessoas acreditam que a condição é contagiosa, contudo, a doença ocorre por conta de pequenas fissuras na pele que entram em contato com superfícies contaminadas.
Apesar de a maioria das lesões ser registrada em membros inferiores, não há limites bem definidos das regiões do corpo que serão afetadas pela bactéria. Muitos pacientes com a condição também relatam sintomas no tronco e rosto — nesse último caso, a doença também pode estar associada à dermatite seborreica.
Como surge a erisipela?
Grande parte das vezes, os sintomas começam a surgir após o paciente sofrer uma micose entre os dedos do pé, como a frieira. Mas qualquer tipo de fissura na pele pode causar a infecção e, inclusive, ela pode afetar ainda mais pessoas com excesso de peso, portadores de diabetes, pacientes com problemas de circulação nas penas, pessoas com insuficiência venosa nos membros inferiores, nefropatas, cardiopatas, entre outros tipos de pacientes.
Braço com erisipelaFonte: Getty Images
Comumente, a doença é causada pela bactéria Streptococcus pyogenes do grupo A, contudo, também pode ser ocasionada por meio da bactéria Haemophilus influenzae tipo B. Um dos locais mais afetados são as pernas dos pacientes, principalmente em pessoas com inchaços, decorrente de diabetes, obesidade, e outras causas.
Sintomas
Após a bactéria entrar em contato com a lesão e se instalar no sistema do paciente, os sintomas podem começar a surgir em pouco tempo. Antes de começarem a aparecer lesões na pele, é comum que os pacientes sintam febre, náuseas, calafrios, tremores e mal-estar geral.
O local da ferida pode começar a ficar vermelho e inchado, além de causar dor — a pele também fica lisa e brilhosa. Em situações mais delicadas, podem surgir bolhas, sinal de necrose, mais feridas na região afetada e até quadros de septicemia com risco de morte. Alguns pacientes relatam o aumento dos gânglios linfáticos na virilha (ínguas).
Em casos não tratados, as lesões repetitivas de vítimas da erisipela podem progredir para linfedema, um inchaço duro e persistente na região, e até para trombose nas veias.
Tratamento e prevenção
A maioria dos médicos realizará o diagnóstico clínico, porém, em algumas situações específicas, também é necessário realizar a biópsia da lesão e exame de cultura. Apesar de o diagnóstico ser confirmado apenas por resultados do exame de cultura, os médicos costumam iniciar o tratamento logo após o surgimento dos sintomas clássicos da erisipela.
Perna de paciente com erisipelaFonte: Getty Images
Em pacientes diagnosticados na fase inicial da doença, o tratamento é realizado por meio de diferentes tipos de antibióticos orais, elevação do membro afetado e repouso. Em alguns casos específicos é necessário realizar o uso periódico de antibióticos, em tempo determinado pelo médico, para evitar crises recorrentes de erisipela.
Em situações mais graves, alguns médicos optam por remover e drenar áreas necrosadas e com pus, por meio de abordagem cirúrgica.
A repetição de crises de erisipela pode ser evitadas por meio da higienização das regiões afetadas, como ao limpar e secar bem as frieiras entre os dedos dos pés. Manter a prática de atividade física e usar meias elásticas para combater o inchaço das pernas, também são armas importantes para ajudar a prevenir a infecção pela bactéria.