Como um rio escondido de 460 km pode afetar o derretimento da Antártida?

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Imagem: Foto de Mikhail Nilov/Pexels

Publicado na revista Nature Geoscience, um novo estudo aponta um rio subglacial ativo, que pode ser auxiliar para a perda de gelo na Antártida.

A pesquisa é fruto da colaboração entre o Imperial College London e Universidade de Newcastle, da Inglaterra, Universiti Malaysia Terengganu, da Malásia e Universidade de Waterloo, do Canadá.

O rio, que tem uma extensão aproximada de 460 km, foi descoberto através de radares aéreos, capazes de analisar abaixo da camada de gelo, e modelos que calculam como a água flui, e onde nasce.

Maior que o rio Tâmisa, o rio subglacial tem 460 km de extensãoMaior que o rio Tâmisa, o rio subglacial tem 460 km de extensãoFonte:  Imperial College London 

De acordo com os especialistas, há duas maneiras de rios glaciais se formarem. A primeira é através do derretimento da camada mais externa do gelo, que pode derreter e escorrer por fendas profundas.

O segundo caso, é quando há um derretimento na base da geleira. O atrito do gelo, e o aquecimento recebido do núcleo da Terra, formam veios de água corrente.

A figura "a" mostra formação através do derretimento superficial, e na figura "b", o derretimento da base da geleira.A figura "a" mostra formação através do derretimento superficial, e na figura "b", o derretimento da base da geleira.Fonte:  Imperial College London 

Ao que tudo indica, o rio subglacial obedece a este segundo tipo, e representa um risco para as geleiras do Polo Sul.

Devido a água ser corrente, esse seria um local mais sensível, que pode aumentar de forma significativa o derretimento do gelo antártico, auxiliando a escoar mais gelo, que se derrete pelo atrito.

Com maior fluxo, em conjunto com outros fatores climáticos, apenas a região estudada, teria o potencial para o aumento de 4,3 metros do nível do mar, em escala global, de acordo com os cientistas.

Os pesquisadores continuam debruçados sobre o assunto, observando e verificando o comportamento do gelo, e a que taxa vem diminuindo, assim como fazem previsões sobre os possíveis impactos do degelo no mundo.

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