Cientistas do Departamento de Física da Universidade de Oxford, nos Estados Unidos, confirmaram que a erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, em Tonga, produziu a maior pluma vulcânica já registrada. Além disso, foi a primeira erupção observada a romper a camada mesosfera da atmosfera.
O artigo com os resultados da pesquisa foi publicado na revista Science no dia 3 de novembro.
Um estudo anterior havia concluído que a erupção do Hunga Tonga-Hunga Ha’apai foi a maior registrada neste século.
No dia 15 de janeiro de 2022, o vulcão entrou em processo de erupção, causando uma explosão violenta que produziu ondas de choque em todo o mundo — algumas regiões até sofreram com tsunamis.
A pluma vulcânica poderosa ejetou cinzas e água na atmosfera, registrando um novo recorde. Após a medição dos cientistas, foi calculada uma altitude de 57 quilômetros em seu pico — uma extensão significativamente maior que os recordes anteriores, como a pluma vulcânica do Monte Pinatubo (40 quilômetros), nas Filipinas, em 1991.
Foto registrada após 100 minutos da erupção; os cientistas usaram três satélites meteorológicos geoestacionários para medir a altura da pluma, usando o efeito de paralaxe.Fonte: Simon Proud / Uni Oxford, RALSpace NCEO / Japan Meteorological Agency
Pluma vulcânica
“É um resultado extraordinário, pois nunca vimos uma nuvem de qualquer tipo tão alta antes. Além disso, a capacidade de estimar a altura da maneira que fizemos (usando o método da paralaxe) só é possível agora que temos uma boa cobertura de satélite. Não teria sido possível há uma década ou mais”, disse o principal autor do estudo, Simon Proud.
A explosão foi tão violenta que se aproximou da estratosfera, por isso, eles não conseguiram medir a altura com os métodos tradicionais — normalmente, as medições são realizadas até a troposfera, a camada mais baixa da atmosfera da Terra. . Então, eles usaram um método que usa o efeito paralaxe, possibilitando medir diferentes dados para chegar ao resultado.
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