A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou que o número de asteroides próximos da Terra ultrapassou a marca de 30 mil. Tais corpos rochosos orbitam o Sol a uma distância de até 45 milhões de quilômetros do nosso planeta — o que, em termos astronômicos, os coloca em potencial risco de colisão (ainda que muito pequeno).
A maioria deles foi descoberta na última década, graças aos significativos avanços de instrumentos de monitoramento. Ao todo, cerca de 1 milhão de asteroides já foram identificados no Sistema Solar, cuja maior concentração ocorre no cinturão entre Marte e Júpiter.
Até o momento, nenhum desses objetos próximos da Terra representa uma ameaça de impacto nos próximos 100 anos. Contudo, agências espaciais ao redor do mundo constantemente estudam as orbitas de asteroides para agir em tempo hábil no caso de previsão de uma eventual colisão.
Mais de 30 mil asteroides estão próximos da órbita terrestreFonte: Fonte: Agência Espacial Europeia (ESA)/Reprodução
Recentemente, a NASA fez história ao executar pela primeira vez um teste de deflexão de asteroides. A missão, chamada de DART, teve sucesso ao conseguir modificar a trajetória de Dimorphos, satélite localizado a 11 milhões de quilômetros de distância da Terra.
Além de acompanhar o movimento de corpos rochosos já identificados, para determinar se eles ainda são inofensivos, estações terrestres e telescópios espaciais toda semana descobrem novos asteroides.
Como exemplos podem ser citados o Catalina Sky Survey, observatório astronômico no Arizona e o Very Large Telescope, maior conjunto de telescópios do mundo, no Chile. Embora a sonda Gaia (da ESA) tenha sido lançada com o propósito de catalogar estrelas na galáxia, ela também entrega dados valiosos para esse campo.
Estudos sobre os objetos espaciais buscam analisar suas composições, tamanhos, velocidades, distâncias, bem como simular a força de impacto. Tal esforço tem o objetivo de buscar as melhores soluções para lidar com um potencial asteroide que coloque a Terra em perigo.
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