O dragão-de-komodo é um carnívoro venenoso, forte, grande, veloz e inteligente – é compreensível que seja temido. Entretanto, são raros os ataques a humanos, e o mais importante: é impossível encontrar um desses andando solto pelo Brasil.
De nome científico Varanus komodoensis, eles vivem em ilhas da Indonésia, incluindo uma de nome Komodo, e outras como Flores, Gili Motang, Padar e Rinca. As dificuldades logísticas para chegar a essas regiões, durante muitos anos, colaborou para a criação de mitos sobre esses animais.
Ficou curioso? Então, saiba mais sobre essas criatura a partir da leitura!
O dragão-de-komodo é encontrado em ilhas da Ásia (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Afinal, como identificar o Dragão-de-Komodo?
O animal é o maior réptil venenoso do mundo, pode atingir até 3 metros de comprimento e pesar até 10 quilos. Mesmo assim, de todas os locais paradisíacos que em que não é possível encontrar a criatura, o arquipélago de Komodo é um dos mais visitados.
Isso porque turistas do mundo todo querem ver uma dessas espécies em seu habitat natural. Esses predadores são altamente adaptados aos ambientes que ocupam, fazendo com que eles estejam no topo da cadeia alimentar.
Entre seu rol de habilidades, dragões-de-komodo podem correr até 20 km/h – para fins de comparação, a velocidade média do corredor americano recordista no mundo, Usain Bolt, é de 37.58 km/h. Incrível, não é mesmo?
Apesar de parecerem desajeitados, esses répteis podem correr bem rápido (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Também são bons nadadores. Já foram encontrados dragões-de-komodo mergulhando a até 4,5 metros de profundidade. Entretanto, seu hábito de caça envolve mais estratégia do que força bruta.
Aliás, são inteligentes o suficiente para encontrar as trilhas usadas por suas presas, onde esperam o melhor momento para atacar com uma mordida letal.
O que acontece se o dragão-de-komodo morder um ser humano?
Ao contrário do que muitos podem acreditar, a mordida dos dragões-de-komodos é relativamente fraca. O que a torna perigosa é a combinação de presas voltadas para dentro da boca e um pescoço forte, capaz de puxar e rasgar grandes pedaços de carne.
Mas, se uma pessoa for pega por uma dessas armas letais, ela não vai morrer imediatamente. Animais grandes, como cervos, cavalos, búfalos podem ter a sorte de fugir, mas provavelmente deixarão um rastro de sangue para ser seguido.
É aí que entra em ação o super-olfato desses bichos. Eles são capazes de encontrar uma presa ainda viva a até 4 km de distância e podem persegui-la até que esteja fraca para lutar.
Sua mordida não é forte, mas o dragão-de-komodo tem dentes capazes de rasgar a carne de outros animais (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Além da mordida fatal, a rica comunidade bacteriana que vive na boca desses animais e o veneno produzido por eles garantem a morte da vítima. Essa combinação dificulta a coagulação do sangue, provocando a queda da pressão arterial e imobilização por causa de uma toxina que causa hipersensibilidade à dor.
Para nós, entretanto, essa não é a principal preocupação, já que, se formos socorridos a tempo, o tratamento da ferida deixada e o uso de antibióticos podem garantir a sua sobrevivência.
Apesar de raros, ataques a humanos podem sim acontecer, geralmente em zoológicos ou outros locais onde os animais são expostos. Muitos acontecem nas ilhas, envolvendo os próprios turistas, que às vezes burlam as regras de segurança.
As ilhas da Ásia onde eles habitam são muito turísticas (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
A relação entre humanos e dragões-de-komodo nas ilhas onde os animais vivem é particularmente delicada. Onde quer que haja convivência entre nós e grandes animais, inevitavelmente levará à ocorrência de acidentes fatais.
Um problema é que a atividade humana reduz a população das caças naturais desses animais. Isso obriga que os répteis invadam nosso território em busca de novas presas.
Essa proximidade aumenta o número de acidentes e consequentemente a insatisfação dos moradores locais, que para se defender chegam a matar os lagartões. E é a[i que mora o perigo, uma vez que conflito vem reduzindo a população desses animais.
Acidentes podem acontecer, principalmente se pertubamos os bichos (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Atualmente, grandes répteis estão na lista de animais ameaçados de extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza. Se não fizermos nada para protegê-los, terão o mesmo destino que os dinossauros do passado, mas dessa vez por nossa culpa.
As adaptações ao ambiente onde vivem que os tornaram grandes predadores, agora dificultam sua conservação, porque geram dificuldades para sua criação em cativeiro.
Para proteger a espécie, o governo da Indonésia criou o Parque Nacional de Komodo. O ecoturismo proporciona sustento para as pessoas que habitam a região, ao mesmo tempo que promove a conservação dos mais de 5 mil dragões-de-komodo que ainda existem no parque.
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