A nave da missão Double Asteroid Redirection Test (DART), que atingiu Dimorphos, em 26 de setembro, teve sucesso em modificar e acelerar a órbita do asteroide em 32 minutos, de acordo com dados da NASA.
Pela primeira vez, o homem conseguiu modificar a órbita de um asteroide, propositalmente, ao lançar a nave DART em direção ao sistema binário de Dimorphos e Didymos.
Dimorphos, que tem aproximadamente 160 metros de diâmetro, foi o alvo do teste de deflexão de asteroides.Fonte: NASA JPL DART Navigation Team
Afinal, a Missão DART foi bem-sucedida?
Apesar de não ser ameaça para a Terra, o sistema binário foi escolhido devido às suas características, para os testes de deflexão de asteroides.
A expectativa dos cientistas era de que a órbita pudesse ser modificada em até 73 segundos, após a colisão. Mas o que eles observaram, foi muito além do que era delineado.
De acordo com as observações realizadas por telescópios em solo, a órbita de Dimorphos — alvo da colisão —, agora é 32 minutos mais rápida, caindo de 11 horas e 55 minutos, para 11 horas e 23 minutos.
Esse incremento de velocidade ao asteroide, após a colisão, pode estar ligada formação geológica do objeto celeste.
De acordo com os especialistas, se o asteroide fosse composto de rocha maciça, pouco material seria ejetado pela colisão, e a mudança de velocidade não seriam tão significativa.
Mas, caso o corpo celeste tenha o potencial de se despedaçar mais facilmente, a ejeção dos detritos agiria como um propulsor extra, por um curto período, aumentando a efetividade do impacto.
A colisão da nave DART com Dimorphos, produziu uma cauda no asteroide, fazendo-o parecer um cometa por um curto período.Fonte: NASA/ESA/STScI/Hubble
Como é estudado a ameaça de colisão em potencial para a terra?
Todos os dados como velocidade, formação do asteroide, distância e força de impacto estão sendo estudados para que se possa compreender qual seria a melhor maneira de lidar com uma ameaça de colisão em potencial.
A missão DART é apenas o primeiro passo para se compreender qual seria o melhor caminho ao lidar com ameaças em potencial para a Terra, vindas do espaço. O sucesso da missão tem deixado os cientistas animados e felizes com os resultados.
Para Bill Nelson, administrador da NASA, “esta missão mostra que a NASA está tentando estar pronta, para o que quer que o universo nos jogue”.
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