Jantar no fim da noite pode desacelerar nosso organismo, diz estudo

Muitos estudos já apontaram que fazer as refeições no fim da noite não é uma boa ideia, contudo, uma nova pesquisa sugere que o ato pode afetar a regulação biológica do nosso peso. O estudo foi publicado na revista científica Cell Metabolism e indica que as refeições noturnas podem afetar o organismo humano em três maneiras principais.

A primeira mudança em nosso corpo ocorre através do número de calorias que queimarão em ritmo mais lento; a segunda é o nível de fome ao decorrer do dia, que também reduzirá após o ato; a terceira é mudança na forma que o nosso corpo armazena as gorduras absorvidas durante as refeições.

O estudo usou dados de 16 participantes com índice de massa corporal (IMC) no nível de sobrepeso ou obesidade. Cada um dos voluntários passou por dois experimentos diferentes durante seis dias, em que os cientistas regularam rigorosamente o sono e alimentação deles — foram três refeições por dia, sempre às 9h, 13h e 18h.

Dos 16 participantes, apenas cinco são do sexo feminino, mas os cientistas acreditam que a pesquisa deve envolver mais mulheres no futuro.Fonte:  Unsplash 

“Queríamos testar os mecanismos que podem explicar por que comer tarde aumenta o risco de obesidade. Pesquisas anteriores feitas por nós e outros mostraram que a alimentação tardia está associada ao aumento do risco de obesidade, aumento da gordura corporal e sucesso prejudicado na perda de peso. Queríamos entender o porquê”, disse o  neurocientista do Brigham and Women's Hospital, em Boston, Frank Scheer.

Jantar muito tarde? Melhor não.

Os pesquisadores perceberam que, ao comer no fim da noite, o nível de leptina dos participantes reduziu significativamente nas 24 horas seguintes — o hormônio é responsável pela sensação de fome no organismo humano. Eles também notaram que as calorias queimaram mais lentamente durante o mesmo período.

• Existe relação entre a alimentação saudável e a saúde mental?

Como foi explicado anteriormente, a alimentação noturna também altera a maneira que armazenamos gordura em nosso corpo, aumentando o processo de adipogênese e reduzindo a quebra de gorduras por meio do processo de lipólise.