Todos os anos o Hemisfério Norte do planeta, principalmente os Estados Unidos, é marcado pelo desfile de uma série de furacões e tufões. Bonnie, Fiona, Ian… Quem acompanha as notícias já deve ter ouvido falar em algum deles.
Em 2022 já foram 9 tempestades que assolaram o Oceano Atlântico Norte, começando pelo Alex, em maio. Mas, afinal, como são escolhidos esses nomes? Entenda a seguir!
De onde vem os nomes dos furacões?
Furacões são fenômenos atmosféricos devastadores. (Fonte: Pexels/Johannes Plenio/Reprodução)Fonte: Pexels
Atualmente é a Organização Meteorológica Mundial, um braço da Organização das Nações Unidas (ONU), que decide, todos os anos, como serão conhecidos os furacões ao redor do mundo.
A tradição teve início em 1953, pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos. A preferência por nomes de pessoas, em vez de números ou termos técnicos, é para facilitar a divulgação nos veículos de imprensa.
Os termos são aleatórios e escolhidos em ordem alfabética — quanto ao gênero, eles são alternados. Este ano já passamos por Alex, Bonnie, Colin, Danielle, Earl, Fiona, Gaston, Hermine e, finalmente, Ian, que atingiu a categoria 4 e assolou a costa leste dos Estados Unidos no final do último mês, em setembro. O próximo, se vier, será Julia.
Os nomes de furacões são definidos por uma organização internacional. (Fonte: Wikimedia Commons/Astro_Alex/Reprodução)Fonte: Wikimedia Commons
Listas como essas são renovadas a cada seis anos. Ou seja, em 2028, poderemos ter uma nova Georgette ou Gaston. Isso evita que, por exemplo, o furacão Ida, do ano passado, seja confundido com o Ian, deste.
Apesar disso, dificilmente teremos um novo Katrina: nomes de desastres muito grandes acabam sendo aposentados, para evitar confusão. Em 2005, essa tempestade causou mais de 2 mil mortes no sul dos Estados Unidos, devastando a cidade de Nova Orleans.
O Katrina atingiu os Estados Unidos em 2005. (Fonte: Pexels/Sarowar Hussain/Reprodução)Fonte: Pexels
Seis anos depois, o 11º furacão do ano — a posição da letra “k” — foi chamado de Katia, que causou menos alarde e deve ser usado de novo no próximo ano.
Existe, entretanto, outra lista e a diferença entre elas é geográfica. Essa acima relaciona as tempestades que assolam o Oceano Atlântico. É a que estamos mais familiarizados com os nomes, já que, afinal, estão mais próximos de nós.
No Pacífico a lógica é a mesma, mas os nomes são outros. Em 2022 foram mais abundantes as tempestades nesse lado do globo, porém mais fracas. Assim, muitas acabam não chegando à grande mídia.
Furacões se formam sobre os oceanos pelos quatro cantos do planeta. (Fonte: Pexels/GEORGE DESIPRIS/Reprodução)Fonte: Pexels
A título de curiosidade, tivemos Agatha — que causou certa preocupação e levou a 11 mortes — Blas, Celia, Darby, Estelle, Frank, Georgette, Howard, Ivete, Javier, Kay, Lester, Madeline, Newton e, atualmente, Orlene, que aflige o México. O próximo, se houver, será Paine.
E o que acontece se acabar os nomes da lista? Caso a atividade atmosférica seja muito grande e os 21 títulos previstos — as letras Q, U, X, Y e Z não são usadas por escassez de nomes — os meteorologistas apostam para o alfabeto grego.
Outras formas de nomear furacões
Essas duas listas, do Atlântico e do Pacífico, são usadas para nomear as tempestades que assolam a América do Norte, principalmente o México, os Estados Unidos e os países do Caribe. Outras regiões do mundo usam uma lógica parecida, mas com algumas diferenças.
No Havaí, por exemplo, existem quatro listas de nomes que não reiniciam a cada ano. Além disso, tem apenas 12 nomes. A região tem uma atividade atmosférica mais tranquila e menos incidência desses fenômenos.
No outro lado do Pacífico, a relação de títulos foi preparada em um comitê organizado pela Agência Meteorológica do Japão, no qual participaram mais 13 países. As sugestões de nomes foram reunidas em cinco listas de 28 palavras que não seguem, necessariamente, uma ordem alfabética.
Quando passa sobre cidade, causa destruição, como aconteceu em Santa Catarina, em 2004. (Fonte: Pexels/Kelly/Reprodução)Fonte: Pexels
Aqui no Atlântico Sul é a Marinha do Brasil que faz a escolha dos nomes. Em ordem, são Arani, Bapo, Cari, Deni, Eçaí, Guará, Iba, Jaguar, Kurumí, Mani, Oquira, Potira, Raoni, Ubá e Yakecan — de maio deste ano.
Apesar de estarmos suscetíveis a outros desastres naturais, como alagamentos, secas ou até mesmo quedas de meteoritos, a nossa região é particularmente isenta de fenômenos como furacões.
Por isso, a lista que começou a ser construída ainda em 2011 não foi terminada. O ciclone Catarina, de 2004, e a tempestade Anita, de 2010, aconteceram antes de a lista ser adotada e, por isso, receberam nomes de outras fontes.
E então, achou interessante a escolha dos nomes de furacões? Para mais curiosidades surpreendentes como essa, continue acompanhando o TecMundo!
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