Nesta segunda-feira (3), a Assembleia Nobel, da clássica premiação para cientistas e personalidades, anunciou o ganhador do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2022: o cientista sueco Svante Pääbo. O pesquisador publicou descobertas sobre os genomas de hominídeos extintos e sobre a evolução humana.
Sua pesquisa é considerada pioneira, já que Svante sequenciou o genoma de um Neandertal e descobriu um hominídeo desconhecido, chamado Denisova. Além disso, o pesquisador descobriu que aconteceu uma transferência dos genes desses hominídeos para o Homo sapiens há cerca de 70 mil anos.
Say good morning to our new medicine laureate Svante Pääbo!
— The Nobel Prize (@NobelPrize) October 3, 2022
Pääbo received the news while enjoying a cup of coffee. After the shock wore off, one of the first things he wondered was if he could share the news with his wife, Linda.
Photo: Linda Vigilant pic.twitter.com/l27hnzojaL
Além do fato de ser o ganhador do prêmio nobel, o cientista sueco receberá 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 4,6 milhões na cotação atual) pela descoberta sobre os genomas de hominídeos. Um fato interessante é que, em 1982, o bioquímico e pai de Pääbo, Sune Bergstrom, também ganhou um Nobel de Medicina.
“No início de sua carreira, Svante Pääbo ficou fascinado com a possibilidade de utilizar métodos genéticos modernos para estudar o DNA dos neandertais. No entanto, ele logo percebeu os desafios técnicos extremos, porque com o tempo o DNA se modifica quimicamente e se degrada em pequenos fragmentos”, diz uma nota oficial da organização que concede o prêmio.
A pesquisa de Svante permite responder algumas questões sobre a relação entre os Homo sapiens e outros hominídeos.Fonte: Nobel
Nobel de Medicina de 2022
Ao sequenciar o genoma, o cientista forneceu informações sobre as diferenças genéticas que diferem os humanos atuais dos hominídeos extintos — isso permitirá que outros pesquisadores da comunidade estudem sobre o mistério que nos torna exclusivamente humanos. Inclusive, a pesquisa deu origem a uma nova disciplina científica, chamada paleogenômica.
Em pesquisas em andamento, os cientistas estão tentando entender as implicações dessas diferenças de genomas, pois as descobertas revelam influências dos nossos parentes extintos na fisiologia humana. Só para citar um exemplo, nos humanos, os genes de neandertais afetaram a resposta imune a diferentes infecções.
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