No fim de setembro, uma empresa de genes com sede em Pequim, na China, anunciou o primeiro clone de um lobo selvagem do Ártico — o animal passou 100 dias em um laboratório. A companhia que realizou o experimento, Sinogene Biotechnology Co, afirma apoiar o uso da tecnologia para salvar animais raros e ameaçados.
A loba, nomeada de Maya, nasceu no dia 10 de junho de 2022 e foi clonada por meio de uma amostra de pele de uma loba selvagem no Ártico. Os especialistas afirmam que a tecnologia de clonagem aplicada no lobo selvagem do Ártico é um marco para a ciência e será de grande importância para conservar diversas espécies de animais.
Os cientistas usaram 137 embriões para o desenvolvimento do clone, a partir de oócitos enucleados de uma cachorra e células somáticas, seguida da transferência de 85 embriões para o útero — a mãe de aluguel de Maya foi uma cadela da raça Beagle.
A primeira loba clonada, Maya; alguns cientistas afirmam que a clonagem deve ser a solução apenas para animais ameaçados de extinção.Fonte: Sinogene
No momento, a loba clonada vive com sua mãe adotiva Beagle em um laboratório no leste da China e, segundo informações, a companhia também revelará um lobo selvagem do Ártico macho clonado.
Clone de animais
"Para salvar o animal ameaçado de extinção, iniciamos a cooperação de pesquisa com Harbin Polarland sobre a clonagem do lobo ártico em 2020. Após dois anos de esforços meticulosos, o lobo ártico foi clonado com sucesso. É o primeiro caso desse tipo no mundo" disse o gerente geral da empresa da Sinogene Biotechnology Co, Mi Jidong, durante uma coletiva de imprensa.
Apesar da boa intenção, alguns cientistas ainda estão céticos em relação ao uso da tecnologia de clonagem em animais. O pesquisador da organização World Animal Protection, Sun Quanhui, afirmou ao site Global Times que a tecnologia de clonagem ainda está em fase inicial e que as questões técnicas e éticas ainda precisam ser debatidas.
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