Na histórica colisão entre a espaçonave DART da NASA e o asteroide Dimorphos ocorrida na noite de segunda-feira (26), tivemos que esperar 38 segundos até que a luz daquela região do espaço chegasse à Terra e tivéssemos certeza do sucesso da missão. Às 20h14 (horário de Brasília), a DRACO, câmera a bordo da sonda espacial transmitiu a última imagem antes do seu mergulho final, abrindo uma cratera estimada entre 10 e 20 metros.
Enquanto a ação se passava no espaço, da Terra, diversos astrônomos dirigiam as lentes de seus telescópios, localizados entre o sul e o leste da África até o Oceano Índico e a Península Arábica, para o local do impacto, a 11 milhões de quilômetros no espaço.
Organizadas pelo Gabinete de Defesa Planetária da ESA (agência Espacial Europeia) e coordenadas pela equipe de observadores do Centro de Coordenação de Objetos Próximos da Terra (NEOCC), também da agência europeia, diversas estações registraram a primeira deflexão bem-sucedida de asteroides da humanidade.
Qual observatório conseguiu filmar o impacto do DART em Dimorphos?
Como sempre acontece em observações de objetos celestes, os astrônomos ficam muitas vezes à mercê de fatores externos como iluminação, nuvens e problemas técnicos. No entanto, uma equipe – a do observatório Les Makes, na ilha francesa de La Reunion no oceano Índico – conseguiu realizar uma confirmação bem-sucedida do impacto do DART. Veja acima.
A sequência de imagens mostra, em pouco segundos, uma aproximação que aconteceu em quase meia hora. No pequeno vídeo, é possível observar que, logo após o impacto, o asteroide-satélite começa a brilhar intensamente e expulsa uma nuvem de material.
“Algo assim nunca foi feito antes, e não tínhamos certeza do que esperar. Foi um momento emocionante para nós quando a filmagem chegou”, afirmou Marco Micheli, astrônomo do Centro de Coordenação de Objetos Próximos à Terra da ESA, em comunicado.
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