Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: Um candidato para encontrar vida fora da Terra
A busca pela vida fora da Terra segue firme e forte!
Encéladus, que ja era uma ótima candidata, se mostrou ainda mais promissora. Acabaram de encontrar o último elemento necessário para vida, fósforo! Com ele, a lua tem todos os 6 elementos necessários ??#AstroMiniBR pic.twitter.com/wTH2pR4r3P
Todas as formas de vida na Terra contêm seis elementos químicos chave em sua composição: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre. Por essa razão, o melhor parâmetro que os astrônomos possuem para a busca de traços de vida fora da Terra é justamente procurar por assinaturas químicas da presença desses elementos.
A pequena lua gelada de Saturno, Encélado, capturou a imaginação de muitos cientistas e entusiastas em astronomia ao redor do mundo quando a sonda Cassini da NASA a observou expelindo nuvens de água muitos metros de altitude no espaço. Esta água vem de um vasto oceano líquido escondido sob a crosta fissurada desse satélite natural, que se mantém líquida por causa do aquecimento causado pelo atrito entre partes do interior da lua, à medida que ela é puxada pela gravidade de Saturno.
Quando a Cassini voou pelas plumas de Encélado entre 2008 e 2015, um dos seus instrumentos, o espectrômetro de massa, encontrou uma variedade de moléculas orgânicas – incluindo 5 desses principais blocos de construção da vida – bem como hidrogênio molecular, dióxido de carbono, metano e fragmentos de rocha. Nesta semana, foram divulgados os resultados de uma nova análise de grãos de rocha gelada de um anel de Saturno, uma que é alimentada por plumas de gelo de Encélado.
Os resultados deste estudo revelaram a presença de fósforo, o único elemento essencial para a vida que ainda não havia sido detectado no satélite. Esse resultado anima ainda mais a busca pela vida na pequena lua de Saturno e aumenta as expectativas para uma futura exploração espacial no local.
#2: Sinais de vida marciana?
SINAIS DE VIDA EM MARTE?
A NASA divulgou essa semana a descoberta de material orgânico ao investigar o que seria o delta de um antigo rio de Marte com a sonda Perseverance. Essa pode potencialmente ser uma das melhores evidências de biosignaturas em Marte até agora!#AstroMiniBR pic.twitter.com/WW1eBdwLyB
No último dia 15, a NASA divulgou que o rover Perseverance, que está na superfície do planeta vermelho, está coletando amostras de núcleos rochosos de uma área considerada pelos cientistas como uma das principais regiões para se encontrar sinais de vida microbiana em Marte.
O rover coletou quatro amostras de um antigo delta de rio na Cratera Jezero e está atualmente investigando as rochas sedimentares do delta, formadas quando partículas de vários tamanhos se estabeleceram no ambiente outrora aquoso.
O Perseverance explorou o fundo da cratera, encontrando rochas ígneas, que se formam no subsolo a partir do magma ou durante a atividade vulcânica na superfície e encontrou fragmentos de rocha promissores com diversos compostos orgânicos que podem ser indícios de bioassinaturas.
#3: Uma bolha de gás ao redor de um buraco negro
Astrônomos observaram uma bolha de gás quente ao redor do buraco negro no centro da nossa galáxia. Eles estimaram que ela demora 70 min para dar uma volta completa, sendo que sua velocidade seja estimada no valor de 30% da velocidade da luz.#AstroMiniBR pic.twitter.com/ebqbbOQWmC
No universo, a rotação é um evento comum e corriqueiro: planetas orbitam estrelas, estrelas orbitam estrelas, galáxias orbitam galáxias..., porém, não é todo dia que se detecta uma bolha de gás orbitando um buraco negro.
O Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou nesta semana a detecção de um “ponto quente” em órbita de Sagitário A*, o buraco negro no centro da nossa galáxia. Utilizando os dados observados pelo telescópio ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), os astrônomos descobriram o que parece ser uma bolha quente de gás girando em torno do buraco negro supermassivo central, em uma órbita semelhante em tamanho à do planeta Mercúrio, mas fazendo um ciclo completo em apenas cerca de 70 minutos. Para isso, a velocidade estimada dessa bolha seria altíssima, cerca de 30% da velocidade da luz! Se comprovada, essa detecção lançará uma nova luz sobre o ambiente enigmático e dinâmico da região central da Via Láctea.
#4: A outra face da Lua vista do espaço
a missão DSCOVR, que está "pertinho" do Sol, captou esse momento sensacional: um trânsito da Lua em relação ao nosso planeta ???????
o destaque fica pra algo que não vemos da superfície da Terra, a outra face da Lua!
{c} EPIC/DSCOVR (@nasasun/@NOAASatellites)#AstroMiniBR pic.twitter.com/tDynWJa22r
O registro acima foi feito pela sonda DSCOVR (Deep Space Climate Observatory), um satélite artificial da NASA para observação da Terra e do clima espacial. A sonda, lançada ao espaço em 2015, está localizada em um ponto chamado ponto de Lagrange-1 (L-1) na órbita da Terra-Sol, o que confere aos seus instrumentos uma perspectiva angular única que é usada em aplicações científicas para medição de ozônio, aerossóis, refletividade das nuvens, altura das nuvens, propriedades da vegetação e estimativas de radiação ultravioleta na superfície da Terra.
No vídeo é mostrado o trânsito da Lua no seu percurso orbital em torno da Terra, evidenciando seu lado oculto que não é possível de ver daqui.
#5: Duas visões da Nebulosa Cabeça de Cavalo
Nebulosa da Cabeça de Cavalo no ótico?? // ?? no infravermelho.
O que no ótico é escondido, no infravermelho é revelado.
Usando diferentes "óculos", os diferentes telescópios conseguem acessar diferentes as componentes do Universo. #AstroMiniBR (c) ESO // NASA/ESA pic.twitter.com/sZtYEe4LGz
As imagens acima apresentam um dos objetos astronômicos mais espetaculares e famosos. A Nebulosa Cabeça do Cavalo é uma nuvem magnífica de poeira interestelar que foi esculpida por ventos estelares e radiação para assumir uma forma reconhecível.
Ela está inserida na vasta e complexa Nebulosa de Órion (M42) e é apresentada em duas visões distintas observadas pelo mesmo instrumento: o Telescópio Espacial Hubble. Essa nuvem molecular escura que está a cerca de 1.500 anos-luz de distância de nós é catalogada oficialmente como Barnard 33 e é vista acima principalmente porque é iluminada pela estrela massiva próxima Sigma Orionis.
A Nebulosa Cabeça de Cavalo mudará lentamente sua forma aparente nos próximos milhões de anos e eventualmente será destruída pela luz estelar de alta energia.
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