Publicado na revista Science, um estudo sobre o uso terapêutico de anticorpos pode ser nova esperança para o tratamento dos sintomas de Alzheimer. O estudo foi realizado por pesquisadores do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas em Houston, Estados Unidos.
A Doença de Alzheimer é o tipo mais comum entre as doenças demenciais progressivas, e atinge principalmente adultos acima dos 65 anos. Entre os sintomas estão falta de memória, desorientação espacial, temporal e mudanças no comportamento.
Alzheimer tem características hereditárias, e em alguns casos, a doença pode se manifestar de forma precoce antes dos 50 anos de idade.Fonte: Shutterstock
A doença é causada pelo mau funcionamento de duas proteínas. A proteína Tau causa a desestruturação das células neuronais. Já a proteína ß-amiloide forma placas que se agregam em diferentes partes das células cerebrais, impedindo que os impulsos elétricos transitem livremente.
Graças a ação errônea dessas duas proteínas, os neurônios morrem, e com isso, os sintomas característicos e progressivos do Alzheimer se iniciam.Fonte: Shutterstock
Até o momento não há um tratamento específico para a doença, mas os pesquisadores da Universidade de Houston encontraram uma terapia promissora para o acúmulo de proteínas ß-amiloide.
Eles realizaram os testes com um anticorpo capaz de estimular a produção do receptor expresso nas células mieloides 2 (TREM2), que já se mostrou um fator importante na expressão da doença em pesquisas anteriores.
Com o incremento da produção desse receptor, as células cerebrais foram capazes agir de forma mais eficaz, diminuindo a formação das placas proteicas nos testes in vitro.
Os testes com o anticorpo também foram realizados em camundongos, que modelam a doença de Alzheimer, e os resultados foram promissores. Houve inclusive, uma recuperação na área cognitiva dos roedores.
Os estudos irão continuar e os pesquisadores esperam que os resultados continuem dando bons resultados, e que se demonstre uma terapia eficaz e segura para o tratamento de Alzheimer.
Fontes