É hora de fazer as malas: as roupas já estão separadas, o passaporte está em mãos, os itens de higiene na nécessaire e... então bate a dúvida: é possível levar remédios em viagens para o exterior? Quais medicamentos são proibidos em voos?
Para o sonho não virar um pesadelo na hora de passar pela imigração, preparamos uma lista respondendo as dúvidas mais comuns que podem surgir na hora de separar a farmacinha pessoal para uma viagem internacional. Confira a seguir!
Remédios: nem tudo é permitido no exterior (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
O viajante internacional precisa ter duas coisas bem claras. Em primeiro lugar, nem todos medicamentos são permitidos no exterior e, mesmo que seja, alguns precisam de receita médica.
Por isso, o ideal é deixar o supérfluo para trás para evitar dor de cabeça. Em segundo, quem vai sair do país deve lembrar que, em caso de necessidade, poderá comprar o que precisar no destino, inclusive remédios online ou suplementos como o magnésio quelato.
Cada nação tem uma legislação específica sobre o comércio de farmácias e alguns itens que são comprados livremente no Brasil podem exigir receita médica em outros lugares.
Por isso, vai precisar daquele remédio pra insônia? Tenha uma em mãos, de preferência traduzida!
Posso levar remédios no avião?
Seja em viagens nacionais ou internacionais, as regras permitem que sejam levados remédios e outros itens de saúde dentro da cabine do avião. Mas toda norma tem suas exceções e aqui não é diferente.
Espera-se, por exemplo, que o passageiro leve apenas uma quantidade razoável de medicamentos para o período que pretende passar fora de casa. Exageros podem deixar os agentes de imigração desconfiados.
Apesar disso, não existem restrições para pílulas e comprimidos. Xaropes, sprays e preparações líquidas em geral, por outro lado, não devem exceder os 100 mL. Além disso, é imprescindível que estejam em frascos transparentes e vedados.
Quais medicamentos não posso levar para o exterior?
Se tratando de viagens internacionais, o problema na hora de montar a farmacinha é a questão dos medicamentos proibidos. Cada país tem autonomia para determinar os fármacos que podem ou não circular dentro do seu território.
Geralmente isso é feito por órgãos específicos. Aqui no Brasil, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a responsável por esse papel, enquanto nos Estados Unidos a responsabilidade cai sobre a Food and Drug Administration (FDA).
Por isso, o primeiro passo é buscar na internet qual agência regula os remédios no seu destino e consultar a lista que eles disponibilizam. Dá pra aproveitar também e analisar se o medicamento vai precisar ou não de receita para ser comprado lá.
Consulte na internet para saber o que não pode entrar no país estrangeiro.Fonte: Shutterstock
A lista a seguir mostra alguns comprimidos vendidos no Brasil que podem ser barrados lá fora:
Dipirona
Um dos analgésicos mais usados no Brasil, a Dipirona, não é tão popular assim lá fora. Um dos seus efeitos colaterais são os choques anafiláticos, e por isso ela costuma ser substituída pelo Paracetamol e pela Aspirina.
- Proibido: Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e outros.
Sibutramina
Usada como supressor de apetite entre pessoas que fazem tratamento para obesidade, a Sibutramina pode causar derrame, infarto e outros efeitos colaterais.
- Proibido: EUA, União Europeia, Uruguai, Austrália, Paraguai, entre outros.
Diane 35
Esse anticoncepcional comum no Brasil foi proibido na França. Em 2013 ocorreram 4 mortes decorrentes de trombose atribuídas ao uso do remédio.
- Proibido: França
Avastin
O comprimido usado no tratamento de câncer de mama era permitido em terras americanas, até que a FDA concluiu que não haviam evidências científicas comprovando seus benefícios. Apesar disso, o remédio ainda é autorizado para outras doenças.
- Proibido: Estados Unidos
Mytedom
Esse remédio atua no alívio de dor aguda e crônica e na desintoxicação de entorpecentes. Apesar dos seus usos, não é autorizada sua entrada em território russo.
- Proibido: Rússia
Para saber o que pode embarcar, consulte as companhias aéreas (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Qualquer caso de dúvida, vale consultar com a companhia responsável pelo voo, que informará as precauções e práticas a serem adotadas. Uma delas é o transporte dos comprimidos na embalagem original, por exemplo.
Existem casos especiais para pacientes de certas doenças, como diabetes, que podem levar agulhas e seringas dentro da cabine e, se necessário, bolsas térmicas para o transporte da insulina. Consultar a empresa aérea, nestes casos, é fundamental.
Pacientes de asma, por sua vez, podem carregar os seus broncodilatadores. Quem precisa embarcar com o próprio balão de oxigênio, também pode, basta informar os responsáveis pelo voo.
Se for para o exterior, pesquise com antecedência e tenha sempre a receita médica em mãos e traduzida. Além disso, vale sempre contratar um plano de saúde. Assim como diz o ditado: melhor prevenir do que remediar!