O Telescópio Espacial James Webb (JWST) capturou com sucesso suas primeiras imagens e espectros de Marte no dia 5 de setembro. Os resultados foram divulgados pela NASA nesta segunda-feira (19).
Para o observatório, capturar as imagens foi um grande desafio, pois ele foi projetado para mirar em galáxias distantes, cuja luz é fraca. Marte, por sua vez, está próximo demais e, portanto, a luz refletida no planeta satura as lentes do telescópio.
Mesmo assim, foi possível ajustar o brilho extremo de Marte usando exposições muito curtas, medindo apenas parte da luz que atingiu os detectores e aplicando técnicas especiais de análise de dados.
Os resultados são imagens com a resolução espectral necessária para estudar fenômenos de curto prazo, como tempestades de poeira, padrões climáticos, mudanças sazonais e processos que ocorrem em diferentes momentos - como dia, pôr do sol e noite.
Veja as imagens de Marte divulgadas pela NASA:
As primeiras imagens mostram, à esquerda, um mapa de referência de superfície do planeta; à direita, uma região do hemisfério oriental de Marte em dois comprimentos de onda diferentes, ou cores de luz infravermelha.
A imagem superior direita, de comprimento de onda mais curto, é dominada pela luz solar refletida e revela detalhes da superfície semelhantes aos aparentes nas imagens de luz visível (no mapa à esquerda). Nela, são visíveis os anéis da Cratera Huygens, a rocha vulcânica escura de Syrtis Major e o brilho na Bacia de Hellas.
A imagem inferior, de comprimento de onda mais longo, mostra a emissão térmica de Marte – a luz emitida à medida em que o planeta perde calor. A região mais brilhante é onde o Sol bate. O brilho diminui em direção às regiões polares, que recebem menos luz solar.
Já as imagens de espectroscopia revelaram variações sutis de brilho entre centenas de diferentes comprimentos de onda representativos do planeta como um todo.
A análise preliminar revela que as quedas espectrais aparecem em comprimentos de onda específicos onde a luz é absorvida por moléculas na atmosfera de Marte, especificamente dióxido de carbono, monóxido de carbono e água.
Os astrônomos agora analisarão as características do espectro para coletar informações adicionais sobre a superfície e a atmosfera de Marte.
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