De acordo com o CEO da mineradora Piedmont Lithium (EUA), Keith Phillips, não há lítio o bastante para atender à crescente demanda mundial para as baterias de carros elétricos. Os Estados Unidos são um dos países que mais usam os veículos elétricos e ainda não tem as operações necessárias para a mineração do material.
Outro problema é a Lei de Redução da Inflação nos EUA, que tem requisitos rigorosos em relação à origem dos materiais das baterias. A legislação diz que eles precisam ser produzidos em território nacional, ou é necessário adquiri-los de um país que tenha acordo de livre comércio com o governo norte-americano — até 2026, os veículos fabricados devem ter 80% dos materiais adquiridos com base na lei.
Área de mineração de lítio (crédito: Shutterstock)
“Sim, teremos [eventualmente] o suficiente, mas não a essa altura. Haverá uma verdadeira crise para obter o material. Não temos o suficiente no mundo para transformar tanta produção [de lítio] até 2035. O mundo mudou. Estamos agora em uma era em que todos vão querer um carro elétrico”, disse Philips ao Yahoo Finance.
Mais lítio, mais carros elétricos
Atualmente, a produção de uma bateria elétrica de lítio exige entre 8kg e 10kg do material e, por conta da demanda, o preço do carbonato de lítio dobrou em 2022 e é esperado que cresça mais 40 vezes nas próximas duas décadas — nesse caso, a maior parte das ofertas serão de fora dos EUA.
Atualmente, a China é a nação dominante em relação ao fornecimento de lítio, pois é responsável por refinar mais da metade de todo o material disponível. Já a Austrália e o Chile são considerados os maiores produtores do mundo.
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