Após nos encantarmos com as primeiras imagens e registros infravermelhos em cores enviados pelo Telescópio Espacial James Webb da NASA, a agência aeroespacial está agora disponibilizando uma adaptação sonora das imagens. Através de um processo conhecido como sonificação, cientistas, músicos e um membro da comunidade de cegos e pessoas com deficiências visuais transformaram os dados do Webb em sons.
Naturalmente, as faixas resultantes não são sons reais gravados no espaço, mas sim composições musicais feitas por Matt Russo, músico e professor de Física da Universidade de Toronto (Canadá), e seu colaborador Andrew Santaguida. As sonificações são peças abstratas que buscam representar fielmente os detalhes mapeados das informações visuais do Webb.
Sob a premissa de que a música é capaz de tocar os centros emocionais das pessoas, Russo explica que "nosso objetivo é tornar as imagens e os dados do Webb compreensíveis por meio do som – ajudando os ouvintes a criar suas próprias imagens mentais.”
Como a sonificação transforma a imagem em som?
A sonificação tem início varrendo a imagem da esquerda para a direita. No caso da imagem dos chamados "Penhascos Cósmico" da Nebulosa Carina, a trilha sonora é vibrante e plena. Quanto mais brilhante é a luz vertical, mais alto o som se torna. Já as áreas mais escuras, de cor terrosa, são traduzidas em frequências mais baixas e notas mais claras.
A Nebulosa do Anel é apresentada acima em duas imagens, uma em infravermelho próximo da NIRCam (à esquerda) e a outra em infravermelho médio do MIRI. A luz da esquerda é representada por frequências mais altas no início, depois as notas mudam e se tornam mais baixas no infravermelho médio.
A imagem acima mostra as características atmosféricas do exoplaneta gigante gasoso WASP-96 b, que exibe sinais claros de água. Aqui, as quatro assinaturas de água são representadas pelo som de gotas de água caindo. No entanto, os sons se alinham aos pontos dos dados mais altos.
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