Biossensores de DNA podem ser nova ferramenta contra a esquistossomose

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Uma equipe internacional se uniu para o desenvolvimento de um biossensor de DNA capaz de detectar e diferenciar diferentes tipos de parasitas causadores da doença esquistossomose.

Em estudo publicado no periódico PLOS Neglected Tropical Diseases, a equipe composta por pesquisadores do Imperial College London, da Universidade de Addis Abeba, Etiópia, e do Instituto Nacional de Pesquisa Médicas, Tanzânia, anunciaram um novo biossensor de DNA, que pode ser uma ferramenta fundamental na prevenção contra a esquistossomose.

A esquistossomose, mais conhecida no Brasil como "barriga d'água", é uma doença parasitária causada por larvas de caramujos e lesmas, que ficam depositadas na água ou no solo.

Em contato com água contaminada, o esquistossomo perfura a pele e causa a infecção.Em contato com água contaminada, o esquistossomo perfura a pele e causa a infecção.Fonte:  Shutterstock 

Comum na África, América do Sul, Ásia e na ilha de Córsega, França, essa doença é potencialmente fatal, causando ao menos 280 mil mortes por ano só no continente africano.

A forma de prevenção e controle da doença tem sido através do uso de medicação, rastreio de águas e solos contaminados, assim como melhoria no saneamento. No entanto, esses métodos são demorados, e muitas vezes de difícil implementação.

Com o desenvolvimento do biossensor de DNA, os pesquisadores esperam agilizar o processo de detecção, e saber com mais acurácia e rapidez qual o tipo de parasita está contaminando aquela área, podendo agir de forma mais assertiva no combate.

O biossensor já faz diferenciação entre dois tipos de esquistossomos, e espera-se que logo a banda de identificação aumente. Os estudos irão continuar, e a agora eles também querem implementar a testagem da resistência farmacológica dos agentes infecciosos.

Com melhores ferramentas de detecção, mais fácil se tornará a prevenção.

ARTIGO PLOS Neglected Tropical Diseases: doi.org/10.1371/journal.pntd.0010632

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