A bordo da missão espacial Artemis I, a agência espacial americana, NASA, pretende embarcar um satélite desenhado para fazer experimento de biologia no espaço profundo. Batizado de BioSentinel, essa será a primeira missão do tipo.
No formato de um CubeSat - satélites miniaturizados que serão usados durante a missão - o equipamento levará leveduras para investigar as condições de vida e riscos à saúde no espaço profundo. Os pesquisadores estão interessados, particularmente, nos riscos associados à radiação.
Através de sensores e outros dispositivos, BioSentinel irá monitorar os sinais vitais dos microorganismos no seu interior. As leveduras foram escolhidas porque possuem alguns mecanismos biológicos parecidos com os dos seres humanos.
Isso inclui os processos de reparação do DNA após danos causados pela radiação. No espaço sideral, sem a proteção da nossa atmosfera, os raios cósmicos nos atingem diretamente e podem causar problemas graves de saúde.
“O BioSentinel é o primeiro desse tipo”, diz em nota Matthew Napoli, gerente do projeto no Centro de Pesquisa Ames da NASA, no Vale do Silício, na Califórnia. “Ele levará organismos vivos mais longe do que nunca no espaço. Isso é muito legal!”
Sucessora das missões Apollo, Artemis pretende resgatar as viagens de exploração à lua, iniciadas pelos Estados Unidos durante a Guerra Fria. Além disso, a agência espacial americana diz que ela servirá de preparação para chegarmos a lugares ainda mais longínquos no espaço, como Marte, a próxima fronteira.
A NASA possui três possíveis datas para o primeiro voo da missão: 29 de agosto, 2 ou 5 de setembro. O lançamento será feito a partir do Kennedy Space Center, na Flórida (EUA).
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