Uma meta-análise realizada por pesquisadores da Universidade Sexto Hospital de Pequim, na China, investigou o papel de atividades de lazer – como a leitura de um livro, fazer ioga ou vivenciar momentos com a família e amigos – na prevenção do desenvolvimento de tipos de demência.
Publicada quarta-feira (10) na revista Neurology, a pesquisa revisou os efeitos de atividades cognitivas, físicas e sociais na incidência de demência de todos os tipos, inclusive a Doença de Alzheimer e a demência vascular.
Para o principal autor do estudo, Lin Lu, as atividades de lazer há muito são associadas a diversos benefícios para a saúde, como redução do risco de câncer, diminuição da fibrilação atrial e autopercepção sobre o bem-estar. “No entanto, há evidências conflitantes sobre o papel das atividades de lazer na prevenção da demência”, afirmou.
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Como foi feita a pesquisa sobre atividades de lazer e demência?
A meta-análise fez uma revisão de 38 estudos em todo o mudo, envolvendo mais de 2 milhões de pessoas que não tinham demência, durante pelo menos três anos. Os participantes responderam perguntas sobre seus hábitos de lazer, assim definidos por proporcionar prazer ou bem-estar. Essas atividades foram divididas em mentais, físicas e sociais.
Atividades mentais, como ler ou escrever por prazer, assistir televisão, ouvir rádio, jogar jogos, tocar instrumentos musicais, usar computador e fazer artesanato reduziram em 23% o risco de demência. Já as atividades físicas, como caminhada, corrida, natação, ciclismo, musculação, esportes, ioga e dança, reduziram a doença em 17%.
Quanto às pessoas que participaram de atividades sociais, os pesquisadores concluíram que elas tiveram o risco de demência reduzido em 7%.
ARTIGO - Neurology - DOI: 10.1212/WNL.0000000000200929.
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