Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: Quão poderosa é a fusão de dois buracos negros?
A primeira detecção de ondas gravitacionais capturou a fusão de 2 buracos negros que emitiu 36 septilhões de yottawatts (3,6 × 104? watts), maior que a potência combinada de toda luz irradiada por todas as estrelas do universo observável.#AstroMiniBRpic.twitter.com/pC62DfjLo3
O que acontece quando dois buracos negros colidem? Bom, você não precisar ser nenhum entusiasta da astronomia para imaginar que se trata de um dos eventos celestes mais poderosos em termos de energia que existem no Universo.
Quando dois buracos negros massivos colidem, cada um com massas equivalentes a dezenas de sóis, são produzidas o que se conhece como ondas gravitacionais: oscilações no tecido do espaço-tempo.
A primeira observação direta de ondas gravitacionais foi feita em 14 de setembro de 2015 pelas colaborações internacionais LIGO e Virgo. Antes dessa detecção, as ondas gravitacionais eram inferidas apenas indiretamente, por meio de seu efeito no tempo dos pulsares em sistemas estelares binários. O pulso detectado pelos interferômetros do LIGO registrou uma onda gravitacional que emanou do processo de fusão de um par de buracos negros de cerca de 36 e 29 massas solares, respectivamente.
O sinal, nomeado GW150914, foi também a primeira observação de uma fusão de buracos negros binários e inaugurou uma era inteiramente nova na observação astronômica de eventos violentíssimos no Universo: essa fusão por si só liberou mais potência do que toda a potência luminosa de todas as estrelas do universo observável!
#2: Quão raros são os elementos químicos que compõem a vida na Terra?
“A química que produz a vida é reproduzida facilmente por todo o Cosmo. Se não existe vida fora da Terra, então o Universo é um grande desperdício de espaço.”
- Carl Sagan
O que você acha?
Estamos sós no Universo???#Astrobiologia #AstroMiniBR
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Quando pensamos nos elementos químicos que constituem as plantas, os animais, nosso corpo e todas as coisas, geralmente somos levados à origem da maior parte desses elementos: as estrelas.
Com exceção de alguns poucos átomos leves, como o hidrogênio, por exemplo, que foram forjados nos primórdios do Universo, logo após o Big Bang, a maioria absoluta dos nossos componentes químicos foram feitos nos núcleos de estrelas e nos processos finais de sua vida bilhões de anos atrás.
Em termos de massa, as células humanas consistem de 65 a 90% de água e uma porção significativa do restante é composta de moléculas orgânicas à base de carbono. Desse modo, quase 99% da massa do corpo humano é composta de seis elementos: hidrogênio (H), carbono (C), nitrogênio (N), oxigênio (O), cálcio (Ca) e fósforo (P) e o quase 1% restante é composto pelos elementos potássio (K), enxofre (S), cloro (Cl), sódio (Na) e magnésio (Mg). Esses elementos químicos, contudo, não são raros no Universo e se encontram por todo lugar!
#3: A explosão de Betelgeuse (mas não a que você esperava)
Em 2019, a estrela Betelgeuse teve uma erupção de várias vezes a massa da Lua -- é uma explosão 400 bilhões de vezes maior que as emissões típicas do nosso Sol!!#AstroMiniBR (c) NASA, ESA, Elizabeth Wheatley (STScI) pic.twitter.com/hLVkvg5bDm
A NASA divulgou nesta última quinta-feira (11), os resultados da análise do comportamento de Betelgeuse no ano de 2019 que intrigou astrônomos no mundo todo.
Com os dados obtidos pelo Telescópio Espacial Hubble e diversos outros observatórios em solo, os astrônomos concluíram que a estrela supergigante vermelha brilhante Betelgeuse realmente explodiu em 2019, mas não em uma supernova: ela perdeu uma parte substancial de sua superfície visível e produziu uma enorme Ejeção de Massa Superficial (conhecido pela sigla EMS), expulsando 400 bilhões de vezes mais massa do que uma ejeção comum.
O material que escapou esfriou para formar uma nuvem de poeira que temporariamente fez a estrela parecer mais escura, vista da Terra. Essa convulsão estelar sem precedentes interrompeu o período de oscilação de 400 dias da estrela monstruosa que os astrônomos mediram por mais de 200 anos.
Betelgeuse ainda está se recuperando lentamente dessa reviravolta catastrófica, com um núcleo que ainda pulsa. Esses resultados são importantes para fornecer pistas sobre como as estrelas vermelhas perdem massa no final de suas vidas antes de explodir como supernovas.
O evento de 2019 não indica, contudo, que a estrela está prestes a explodir logo, uma vez que isso pode demorar ainda milhares de anos para ocorrer.
#4: O que de comum há em estrelas e cães
O que cachorros e estrelas têm em comum?
O seu tempo de vida é inversamente proporcional ao seu tamanho. Isso é, estrelas maiores vivem menos tempo!
Essas maiores que viram supernovas ?#AstroMiniBR
(Já cachorros deveriam ser imortais -- se você discorda está errado) pic.twitter.com/MIAqmz5Q9x
Assim como o melhor amigo do homem, as estrelas possuem uma tendência de comportamento na vida: quanto maior elas são, menos elas vivem. Isso ocorre porque a expectativa de vida de uma estrela depende fortemente de sua massa. Geralmente, quanto mais massiva é a estrela, mais rápido ela irá queimar seu suprimento de combustível e, assim, menor sua vida útil. As estrelas mais massivas podem queimar e explodir em uma supernova após apenas alguns milhões de anos de fusão.
Felizmente os cachorrinhos não explodem em supernovas!
#5: Como as galáxias são classificadas?
a classificação de morfologia de galáxias foi construida para objetos da nossa vizinhança, com objetos
?? espirais
?? elípticos
?? lenticulares
mas, contrariando expectativas, vemos que galáxias espirais já estavam formadas há mais de 11 bi de anos#AstroMiniBR
{c} Fudamoto+22 https://t.co/wxNquWguPt pic.twitter.com/YB73Rvcqbn
Na astronomia para além dos limites da Via Láctea, é muito útil valer-se da classificação morfológica das galáxias: um sistema usado pelos astrônomos para dividir as galáxias em grupos com base em sua aparência visual.
Existem vários esquemas em uso pelos quais as galáxias podem ser classificadas de acordo com suas morfologias, sendo o mais famoso a sequência de Hubble, idealizada por Edwin Hubble na década de 20 do século passado.
Segundo a classificação de Hubble, as galáxias podem ser elípticas, que têm distribuições de luz suaves e aparecem como elipses nas imagens; espirais, que consistem em um disco achatado, com estrelas formando uma estrutura espiral geralmente de dois ou mais braços e uma concentração central de estrelas conhecida como bojo; e lenticulares que são constituídas por uma protuberância central brilhante cercada por uma estrutura extensa semelhante a um disco, mas, ao contrário das galáxias espirais, sem estrutura espiral visível.
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