Cada planeta do sistema solar percorre o espaço em uma velocidade diferente. Mas às vezes os números não bastam para a gente compreender essas diferenças, e então entram em cena duas animações disponíveis no YouTube que mostram a velocidade orbital dos nossos vizinhos.
Produzidos por James O'Donoghue, cientista e divulgador de ciência, os vídeos mostram as esferas celestes viajando em uma linha reta. No primeiro, é possível comparar as velocidades relativas. Já o segundo mostra os diferentes tempos de translação dos planetas.
O primeiro vídeo mostra a velocidade orbital relativa de cada um dos planetas. É possível ver que Mercúrio, mais próximo do sol, é o mais veloz. Ele viaja a 47,4 km/s - isso significa que em uma hora, percorre mais de 170 mil quilômetros.
A diferença na velocidade dos planetas é culpa da gravidade exercida pelo sol. Ela está constantemente tentando puxar todos os objetos da vizinhança na direção do interior dessa grande estrela central do nosso sistema.
Quanto mais distante da nossa estrela central, mais lento o planeta fica. Netuno, que está a 30 unidades astronômicas (UA) do sol, viaja a 5,4 km/s. Mas se engana quem pensa que isso é pouco. Essa velocidade é seis vezes maior do que a de um projétil disparado por um revólver.
A segunda animação mostra o tempo relativo para cada planeta completar sua órbita em torno do sol. Isso acontece porque o tamanho do percurso varia muito: quanto mais distante da nossa estrela, maior a distância da viagem.
Por isso Mercúrio aparece disparado no vídeo. A cada ano terrestre, o planeta consegue completar 4 translações. Apesar disso sua velocidade não é nem o dobro na nossa - sua órbita que é mais curta.
Durante a origem do sistema solar, fatores como a velocidade e distância determinaram os objetos que foram engolidos pela estrela ou que restaram. "Em suma, os planetas que vemos hoje são os sobreviventes" diz O'Donoghue em entrevista ao site Insider.
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